A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas realizou neste domingo (27), a 94ª indicação ao Oscar, maior cerimônia de premiação de filmes em Los Angeles (EUA). E também, trouxe como novidade o anúncio de oito categorias antes do início oficial do evento.
Os principais destaques foram para as produções de serviços de streaming. Isso demonstra como indústria do cinema passou por grandes mudanças. Entenda a seguir como as regras do jogo mudaram com a nova Era do Streaming, e quais os impactos disso na Indústria do Cinema.
Streamings dominam o Oscar
As forças digitais que remodelaram a música e a televisão vêm mudando o cinema há muito tempo. Televisão e cinema estão se fundindo há anos, mas as linhas de demarcação permanecem, com o Oscar como um só.
Estúdios tradicionais como Paramount, Universal, Sony, Warner Bros. e Disney redirecionaram dezenas de filmes para serviços de streaming ou os lançaram simultaneamente nos cinemas e online.
Pelo segundo ano consecutivo, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, citando a ameaça do coronavírus, permitiu que os filmes pulassem completamente um lançamento nos cinemas e ainda fossem elegíveis ao Oscar. A academia já havia exigido pelo menos um lançamento teatral superficial de pelo menos uma semana em Los Angeles.
Os vencedores do Oscar em 2022
Dentre as ilustres premiações, “CODA – No Ritmo do Coração” ganhou como melhor filme. O longa se consagra como a primeira produção de streaming (Apple TV+) a vencer a principal estatueta.
A Apple TV+ e a Netflix fizeram campanhas agressivas, com a Apple gastando cerca de US$ 20 milhões a US$ 25 milhões para promover “CODA” e a campanha da Netflix por “Ataque dos cães” custando ainda mais. Confira a seguir os streamings que venceram o Oscar em 2022:
- “No Ritmo do Coração” (filme, roteiro adaptado e ator coadjuvante) – Apple TV+
- “Duna” (som, efeitos visuais, design de produção, trilha sonora, montagem e fotografia) – HBOMax
- “Os olhos de Tammy Faye” (atriz, cabelo e maquiagem)
- “Ataque dos cães” (direção) – Netflix
- “Amor, sublime amor” (atriz coadjuvante) – Disney+
- “Belfast” (roteiro original)
- “Encanto” (animação) – Netflix
- “Drive my car” (filme internacional)
- “Summer of Soul” (documentário)
- “The queen of basketball” (documentário em curta-metragem)
- “The long goodbye” (curta live action)
- “The Windshield Wiper” (animação em curta-metragem)
- “007 – Sem Tempo Para Morrer” – (canção original)
- “Cruella” (figurino) – Disney+
Com isso, podemos analisar como a pandemia acelerou a disrupção. A indústria do cinema teve que inovar, se adaptar e usar a tecnologia do streaming ao seu favor. Isso é possível de visualizar também no recorde de indicações do Oscar 2022:
Guia do Streaming de vídeo: da GloboPlay e Disney Plus até Netflix e Amazon Prime
O que podemos aprender com as produções de Streamings?
Quando streamings começam a produzir conteúdos próprios conseguem se destacar no mercado e crescer cada vez mais. Um grande exemplo disso, é a série da Netflix chamada de O Gambito da Rainha, que já registrou em torno de 60 milhões de contas que já assistiram a série ao redor do mundo.
Como consequeência, o aumento de 250% da procura de tabuleiros de xadrez no eBay e o conto que deu origem a série tornou-se um best-seller nos Estados Unidos, 37 anos depois de seu lançamento.
Nessa perspectiva, o que mais chama atenção é o modelo de negócios da Netflix, em que muitas pessoas acreditam que a real motivação foi o fato de ter trazido esse modelo de assinatura e streaming. Porém, na realidade é a forma de pensar em longo prazo. A empresa já tinha em mente que concorrentes iriam copiar seu modelo no futuro.
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