Arcelor tem 100 anos no Brasil – e isso significa que alguém está legitimando essa proposta de valor. Mas a questão passa a ser “como será o futuro?” Esse questão foi respondida durante a palestra de Paula Harraca, Diretora de Futuro da ArcelorMittal para ao AAA SUMMIT 2022. Confira os seus principais insights a seguir.
Empresas que se preocupam em imaginar o futuro, como a Microsoft, estão sempre entre as mais valiosas do mundo. Mas no eixo da transformação estão as pessoas que lideram e promovem as mudanças. Pessoas que pensam, que imaginam e que sabem que não dá para adivinhar e futuro e sim que é possível fazê-lo acontecer.
O risco maior é para quem não inova. Paralisados, céticos, pessimistas e todos aqueles que ignoram as mudanças precisam entender que elas vão ocorrer de qualquer maneira. As empresas não morrem apenas porque fazem coisas erradas, mas também porque fazem as coisas certas por tempo demais e não percebem que estão gradualmente perdendo a relevância.
É preciso inovar
São engenheiros que sabem cuidar de aço, mas não entendem de varejo. Ou seja, precisamos de novas habilidades para nos relacionarmos com todos Mundo BANI, frágil, ansioso, não-linear e incompreensível. Para viver nesse nosso universo é preciso buscar a antifragilidade, ganhar mais calma, buscar a fluidez e ampliar a compreensão sobre os propósitos e das demandas da sociedade.
Aços inteligentes para as pessoas e o planeta – esse é o propósito e estes são os destinatários da nossa proposta de valor. Agendas transformadoras aliadas a estratégias de negócios, que inclui estratégias de ESG e um fundo de investimentos focado em startups com alto impacto.
Inovação é honrar o legado e buscar novos caminhos por meio da estratégia, trabalhar o cocriar o futuro enquanto se garante a performance do presente.
A importância do ESG
O mundo está passando por transformações que exigem entendimento, consciência, compromisso e ação para que elas aconteçam. O ESG está intrinsecamente ligado ao econômico. Por isso, queremos ser “a melhor empresa do mundo” para sermos a melhor empresas para o mundo.
A questão da empresa é buscar que causas – pode ser entre os 17 ODS da ONU – que sua empresa vai abraçar. Isso porque precisamos de empresas menos egocêntricas e mais egocêntricas.
A criação do AçoLab gerou: + de 80 MVPs; prêmios como empresa mais inovadora; 11,8 milhões de pessoas alcançadas nas redes sociais e fundo de investimento, o Açolab Ventures, que tem R$ 100 milhões para investir em startups.
A outra causa é cuidar da educação, que ganhou o projeto LigaSTEAM (ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática), que traz estratégias de inovação para a educação brasileira por meio da criação de uma rede de professores que estão sendo treinados para estimular o protagonismo dos jovens.
Negócios “future-ready”
Para fazer uma empresa pronta para o futuro é preciso entender que cultura não é destino, é a jornada ligada ao processo de transformar estratégias em ações e projetos em produtos. As pessoas, as lideranças e a cultura precisam estar em constante transformação e em constante aprendizado.
Mentalidade de aprendiz e Mindset protagonista são os dois lado de um ciclo que inclui humildade para executar, aceitar limitações, pedir ajuda e melhorar; generosidade para pensar além de si mesmo e enxergar a floresta e não só a árvore e ter pensamento de grandeza; responsabilidade para se comprometer com os propósitos, objetivos e fazer acontecer e, finalmente, a coragem de seguir em frente, ter autoconfiança, buscando se preparar melhor e ter o senso de dono para ser e fazer diferente.
Enquanto as máquinas estão cada vez melhores em fazer, só humanos temos que ser cada vez melhores em ser. Precisamos do equilíbrio entre o high-tech e high-touch e isso tem a ver com as nossas escolhas de hoje em releção à criação do futuro que queremos viver.