Xiaomi, a evolução da gigante dos smartphones de baixo custo

Com o avanço da vacinação em todo o mundo, alguns setores da economia global apresentam sinais claros de recuperação. Sem nenhuma dúvida, a empresa que mais ganhou destaque  em 2021 foi a Xiaomi, ultrapassando a Apple e se tornando a 2ª maior fabricantes de celulares do mundo. 

As consultorias Canalys, Counterpoint e IDC publicaram seus relatórios de venda de smartphones, todas registrando um crescimento expressivo da Xiaomi — 45%, 46% e 42%, respectivamente em 2020. Em comparação com o mesmo período, as vendas da Xiaomi cresceram 83% no último trimestre de 2021. 

Para entender mais os motivos que levaram a Xiaomi a esse crescimento expressivo, continue lendo abaixo. 

 

Top 5 fabricantes em venda de smartphones em 2021

Alguns fatores corroboram para o crescimento expressivo da Xiaomi nos últimos meses. A fabricante chinesa foi muito competente durante o período de pandemia e conseguiu contornar de maneira muito inteligente os efeitos do COVID-19 nos mercados globais. 

Segundo a Canalys, ao todo, as vendas de smartphones aumentaram 12% no último trimestre, com a Xiaomi representando uma participação bastante relevante. 

Reprodução AAA Inovação

Parte do crescimento da Xiaomi é atribuído ao enfraquecimento da Huawei, que tem sido afetada por sanções impostas pelos Estados Unidos. A fabricante chinesa chegou a alcançar o lugar de segunda maior fabricante do mundo em 2019, mas agora não aparece nem entre as cinco maiores no ranking.

Além disso, a Big Tech americana, Apple, em razão da pandemia, precisou adiar o lançamento do seu novo iPhone. Apesar das boas vendas dos modelos 11 e SE, o atraso do iPhone 12 ajudou a Apple a registrar uma queda nas vendas, prejudicando sua maior avenida de receita, o iPhone

 

O que podemos aprender com o crescimento da Xiaomi?

A Xiaomi é hoje uma das empresas mais fortes da China e uma das marcas que fazem gigantes como Samsung e Apple suarem para vender bem em certos países do Oriente. Ela foi uma das primeiras do país a mostrar que a China tem muito a oferecer no mercado de tecnologia para todo o mundo. 

Atualmente, a empresa também é forte no segmento de Internet das Coisas e de saúde, lançando vários produtos de fabricação própria. Tem desde monitor de pressão sanguínea, purificador de ar, aspirador, roteador, drones, televisores e até panela de esquentar arroz.

Imagem via Shutterstock

 Ela tem como diferencial os componentes mais baratos e um preço ainda mais agressivo. E muita gente se pergunta: “Como a Xiaomi vende seus produtos tão baratos e ainda tem lucro?” O fato é que ela usa um modelo de negócio próprio e inovador, que ajuda a empresa a gastar pouco e ganhar mais ao vender aparelhos por preços chamativos.

Para começar, a fabricação dos aparelhos ocorre com várias parceiras externas como Apple e Sony. Ela também usa o menor espaço físico possível, preferindo lojas online e promoções no próprio site. E ela controla muito bem o estoque, vendendo de forma relâmpago e com ótimo marketing.

Isso a fez construir uma legião de fãs e uma comunidade, os chamados Mi Fans, que são pessoas que de maneira voluntária consomem e promovem a marca, especialmente na internet. 

 

A História da Xiaomi

A Xiaomi foi fundada em abril de 2010 por oito sócios fora de Pequim, China. Um deles é o Lei Jun, o primeiro CEO atual, que é um dos grandes fãs declarados de Steve Jobs, ex-engenheiro na Kingsoft Software Corporation, uma das empresas de software mais poderosas da China. 

Em 2015, a Xiaomi, uma das maiores startups de tecnologia do mundo, decidiu focar na estratégia de mercados emergentes e começou a investir no Brasil. No entanto, as coisas não começaram a dar certo devido às regras de fabricação e tributação de eletrônicos e por a marca não ser muito conhecida pelo público geral.   

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