Nesta terça-feira, 1º de fevereiro, o sistema Open Banking completa um ano no Brasil. Atualmente, a implementação está na quarta fase, em que as instituições financeiras estão compartilhando dados referente a operações de câmbio, serviços de credenciamento, contas de depósito a prazo e outros produtos com natureza de investimento, previdência e capitalização. No ano passado, o Banco Central deu início à primeira fase de implementação e, de lá para cá, muito se tem debatido sobre as mudanças práticas e inovações que o novo sistema financeiro pode trazer. Continue lendo a seguir para se aprofundar ainda mais no tema. O que é o Open Banking? Considerado a próxima revolução, que irá chegar no mercado com muita força nos próximos anos. O conceito de Open Banking pressupõe que o usuário será dono de seus dados no mundo na prática. Hoje, provavelmente você deve ter sua vida financeira de forma totalmente fragmenta, por ter uma conta em um banco, aplicações em uma corretora, empréstimos realizados por outra instituição. Isso torna mais difícil para as instituições, por exemplo estabelecer seu score de crédito, porque ela que tem todas as informações. Para isso, é necessário fazer extratos, levar a documentação… e assim por diante. Com o open banking isso será facilitado, pois todas as instituições terão que abrir uma API (Application Programming Interface), que são pontos de conexão de consumo de dados. Open Finance: o novo modelo financeiro que promete revolucionar o Brasil Como o Open Banking funciona na prática? Na prática, cada instituição financeira terá a permissão de analisar o perfil de seu usuário com sua permissão e oferecer produtos ou serviços com preços melhores. Com isso, haverá mais competividade e agilidade em que quem ganhará com tudo isso será principalmente o usuário. Primeira Fase: as instituições financeiras dos grupos S1 (com porte igual ou superior a 10% do PIB, ou que exerçam atividade internacional relevante independente do seu porte) e S2 (porte inferior a 10% e igual ou superior a 1% do PIB) trocarão dados gerais entre si. Segunda e Terceira Fase: no dia 15 de julho, as instituições poderão trocar dados de cadastros e transações de clientes caso haja o consentimento do mesmo. E no dia 30 de agosto, a terceira fase o cliente poderá pagar contas e fazer transações fora do internet banking, isso porque ele terá um aplicativo intermediário. Quarta Fase: Por fim, a última fase, prevista para meados de dezembro, possibilitará o compartilhamento de dados financeiros para outros produtos e serviços, como investimentos, seguros e até conta salário. Se seus dados forem compartilhados sem autorização, você deve ativar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Os usuários podem recorrer a bancos centrais ou órgãos de defesa do consumidor, como o Procon. É importante ressaltar que o compartilhamento de dados não é obrigatório, portanto, isso só ocorrerá após os usuários terem aceitado o acordo. O que mudou em um ano de Open Banking? Ao todo, foram quatro etapas de implementação até agora (Open Banking BR/Reprodução) Segundo Ricardo Cabral, CTO da plataforma de Open Banking Quanto, este primeiro ano foi focado em construir as bases do novo ecossistema financeiro. “Diferente do Pix que é um produto em si, o Open Banking se trata da criação de um novo ecossistema. É a construção de “dutos” para facilitar o compartilhamento e troca de informações entre instituições, sempre mediante o consentimento dos consumidores”, explica. Por isso, os consumidores ainda não viram o sistema financeiro na prática. Para ele, no entanto, o principal ponto positivo até agora foi o aumento do número das chamadas Applications Programming Interfaces (APIs) bem-sucedidas. Como será o Brasil com o Open Banking? https://blog.aaainovacao.com.br/wp-content/uploads/2021/02/Open-Banking-Arthur.mp4 Segundo Arthur Igreja, um dos fundadores da AAA Inovação, no mercado bancário brasileiro há a concentração de cinco grande instituições (BigFive) como Bradesco, Santander, Caixa, Banco do Brasil e Itaú Unibanco que praticamente dominam o mercado, e corporativas de crédito que crescem cada vez mais, como também as fintechs, que estão ganhando seu espaço. A partir disso, esse mundo das finanças será extremamente transformado no Brasil. O mundo bancário, contábil e da gestão tendem a se tornar um só no futuro, e irá trazer mais controle, indicadores, agilidade e performance, então, vale a pena acompanhar. Essa história do Open Banking ainda vai trazer muita coisa boa para os usuários, isso tem a ver com todos os mercados. Por isso, fique atento, pois todas as instituições em que o usuário é, de fato, dono da sua jornada e dos seus dados, conseguem sair na frente e se destacar dos seus concorrentes. Investimento em Startups Brasileiras cresceu mais de 200% em 2021 3 principais benefícios do Open Banking Com os bancos sendo forçados a entregar os dados do consumidor, o Brasil está a caminho de adotar um sistema de Open Banking, mas quais são os benefícios que você pode esperar como consumidor? 1. Inovação Não serão apenas os novos provedores bancários que podem se beneficiar de um sistema Open Banking. Tem havido uma série de especulações em torno de terceiros movidos a API, que podem ajudar a melhorar as experiências no Brasil, como aplicativos de rastreamento de orçamento ou agregadores bancários. Além disso, com acesso aos dados do consumidor, participantes menores terão maior capacidade de avaliar o risco de empréstimos e oferecer seus produtos a cada vez mais clientes. 2. Produtos financeiros personalizados Um dos maiores benefícios para o consumidor que acompanhará o movimento de Open Banking é a personalização de seus produtos financeiros. Isso significa que você poderá obter taxas de juros mais competitivas se tiver sido um bom tomador de empréstimos no passado, o banco aberto pode até mesmo estender o serviço personalizado produtos financeiros se estendem a coisas como seu contas de poupança. 3. Mais fácil de aplicar, alternar e salvar Alternar dados entre os provedores pode economizar muito dinheiro, mas o tempo e o tédio em torno do processo muitas vezes afasta os clientes do banco. Para que, você possa compartilhar seus dados instantaneamente, descobrir a taxa ou produto em oferta com outro credor e potencialmente trocar de provedor, as APIs de Open Banking em breve irão agilizar o aplicativo e o processo de troca. Quer a AAA Inovação ajudando sua empresa a crescer? Lorena Pickert É Content Analyst na AAA Inovação, focada na construção de experiências comunitárias que ajudem a capacitar outras pessoas. Hoje é organizadora do TEDxUFPR, e pesquisadora na FAE Business School sobre controle análise do crescimento de startups. Já atuou como Community Manager na Hotmilk Ecossistema de Inovação da PUCPR e como Innovative Community Manager no Distrito Spark CWB. Share This Comments (2) Leave a Reply Cancel replyYour email address will not be published. Required fields are marked *Your CommentName * Email * Website fevereiro 3, 2022