Organizações inovadoras são aquelas que motivam o comportamento de empreendedor dentro do time, e assim, ter cada vez mais intraempreendedores atuando em suas empresas. Saiba nesse artigo o que é intraempreendedorismo e como empresas aplicaram em seus negócios na prática.
O que é intraempreendedorismo?
O intraempreendedorismo, conhecido também por empreendedorismo corporativo, foi apresentado na obra “Porque você não precisa deixar a empresa para tornar-se um empreendedor” escrita por Gifford Pinchot III em 1985.
As habilidades de intraempreendedor se tornaram essenciais para todos os colaboradores que buscam acelerar suas ideias, inovar e se desenvolver cada vez mais em suas carreiras. Tudo isso é um reflexo do mercado de trabalho que está em constante mudança, assim como o mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) que nos faz adaptar constantemente.
Dessa forma, o profissional pode atuar como sócio da organização trazendo novas oportunidades, desenvolvendo novos produtos, serviços, processos e tornando a companhia ainda mais competitiva no mercado. Essa é uma ótima forma de promover a inovação dentro de sua empresa.
Cases de intraempreendedorismo
Confira a seguir 5 cases de sucesso de intraempreendedorismo que surgiram dentro das próprias empresas e permitiram que inovações fossem feitas e novos resultados alcançados.
1) 3M
Na década de 1970, um cientista da 3M, Dr. Spencer Silver, estava trabalhando para criar um adesivo forte o suficiente para a indústria aeroespacial. No entanto, ele inesperadamente concebeu um adesivo muito fino. O material não deixou marcas na superfície em que foi colocado e de alguma forma manteve sua aparência original. O material parecia ser útil, mas ficou “em segundo plano”, pois não atendeu aos principais objetivos do projeto.
A busca constante pela inovação se reflete na cultura da organização. Como resultado, outros departamentos foram informados da descoberta e foram desafiados a registrar novos pedidos de produtos. Foi quando outro cientista da 3M, Art Fry, testou o uso do material como marcador de página e, posteriormente, como mensageiro ou transmissor de ideias. Esse processo resultou em post-its.
2) Amazon
Outro exemplo foi quando a Amazon promoveu o intraempreendedorismo ao acreditar no projeto realizado por colaboradores em que clientes aceitariam pagar mais para receber suas entregas de forma mais rápida. A partir disso, foi possível colocar em prática um programa de fidelidade em que tem o objetivo de amenizar a ansiedade das pessoas que compravam online.
Em vez de longas demoras com a entrega, o prazo era de apenas dois dias, um período ultra-rápido se pensarmos nos e-commerces e marketplaces do início dos anos 2000. A iniciativa foi chamada de Futurama. As pessoas envolvidas no projeto Futurama distribuíram camisetas para seus colegas durante o lançamento do programa. Hoje, elas estão enquadradas na sede da Amazon, em Seattle.
3) Google
O Google, por outro lado, investiu nas equipes para oferecer alimentação, transporte e atividades esportivas gratuitas. Isso tudo aconteceu quando um funcionário com filhos recebe as horas para ficar com ele e um valor extra no salário para despesa com fralda, roupa, leite etc.
Além disso, quem completar suas tarefas diárias a tempo, pode ser recompensado com sessões de massagem. A empresa ainda aposta em uma política de 20% de tempo livre. As organizações exigem que os funcionários gastem apenas 80% de seu tempo em assuntos relacionados à empresa, deixando os 20% restantes para alguns projetos pessoais.
4) Meta
A Meta, dona do Facebook, foi uma das empresas líderes em desenvolver o botão de “curtir” que hoje é tão familiar nas redes sociais. Porém, essa função não surgiu desde a fundação do Facebook, e sim colaboradores que tiveram essa brilhante ideia, a partir de um hackathon desenvolvido internamente pela empresa.
No início do desenvolvimento do protótipo, o recurso foi nomeado de “Awesome Button”. Desde então, diversas outras plataformas de redes sociais, dos mais diferentes tipos de botões que contam com o famoso “like”.
5) Mcdonald’s
Você sabia que o Mc Lanche Feliz é uma iniciativa de intraempreendedorismo também? Essa ideia foi criada por um gerente regional de uma unidade da cidade de Saint Louis, Minnesota, nos Estados Unidos.
Antes mesmo da rede de fast-food se tornar uma marca global, o fundador Dick Brams sugeriu um produto apenas para crianças e começou a vendê-lo em sua unidade. Após dois anos, em 1979, toda a rede começou a comercializar o kit. Em 2017, foram mais de 3,2 milhões de Mc Lanches Feliz vendidos por dia em todo o mundo, gerando uma receita superior a U$3 bilhões para o McDonald ‘s ao longo daquele ano.