A Black Friday 2020, que começa dia 27 de novembro, tem como proposta de valor de seguir relevante para as diferentes motivações de consumo. A expectativa para 2020 é alta, de descontos arrasadores e de muita desconfiança, pois a maioria dos brasileiros estão saturados com suas rotinas e precisam da segurança de que estão fazendo bons negócios.
Em 2020, com a crise do coronavírus afetou a intenção de compra do brasileiro na Black Friday. A pesquisa Temporada Black Friday, realizada a pedido do Google mostra que 54% dos consumidores declararam vontade de comprar na promoção deste ano.
O que as pessoas pretendem comprar na Black Friday?
“A Black Friday de 2020 será diferente em muitos aspectos, começando pela maior relevância do digital como o principal canal de compras e a mudança nas intenções, com categorias como móveis, brinquedos, games e imóveis ganhando maior relevância”, disse Gleidys Salvanha ao PROPMARK Live. Salvanha é diretora de negócios para o Varejo do Google Brasil e em bate-papo no começo de Outubro, complementou: “Além disso, o brasileiro está fazendo mais planos. Independentemente do canal, 82% das pessoas preferem pesquisar online antes de comprar e as buscas já começaram para 41% dos consumidores.”
De acordo com uma pesquisa realizada pela Ebit, a intenção de compra é de 63% entre os que se mostram mais otimistas com a economia (somente 37% dos entrevistados). A queda na intenção de compra ocorre porque as pessoas estão com menos dinheiro sobrando e têm medo em relação ao futuro, já que o desemprego dá sinais de que pode voltar a crescer.
Apesar das incertezas, ainda foi possível descobrir quais as 10 categorias com maior intenção de compra na Black Friday 2020:
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Reflexos nos resultados do Brasil
O IBGE aponta que a pandemia teve seu maior impacto no Brasil em abril, Agora, vemos a recuperação desse percurso, mas com muitos riscos e incertezas. No Brasil, o desemprego bateu recorde ao chegar em 14% no mês de Setembro, com 13,5 milhões de desempregados. O consumo de famílias deverá recuar 7,1% e a previsão de queda do PIB alcançou o valor de 4,81% em 2020, de acordo com o Banco Central no final de Outubro. A retração das vendas do comércio varejista foi de 23,4% em abril e em julho de 2020, recuperou grande parte da perda, acumulando 1,8% de queda no ano.
Os principais setores impactados no varejo foram de tecidos, vestuário e calçados com a diminuição de 39% no consumo, enquanto produtos alimentícios cresceram mais de 11% no ano. Já as vendas no comércio eletrônico aceleram na maioria das categorias como a de alimentos, bebidas, assinaturas, revistas, bebês & cia e games.
Isolamento x Vendas online
Segundo a Provokers, o mês de maio de 2020 bateu novo recorde, o e-commerce representou 12,6% do comércio varejista. No acumulado dos últimos 12 meses, a participação do e-commerce corresponde a 7,1%. O crescimento online acelerado principalmente nas datas sazonais como na semana do consumidor com um aumento de 18% na páscoa 77%, dia das mães em 69% e dias dos namorados em 67% em 2020.
Durante a pandemia o mês de fevereiro a abril, representou um período de grande ansiedade e incerteza, já durante abril a maio tem como característica ter sido um tempo de ajustes e de junho até o momento de grande adaptação na maioria dos setores. Segundo dados internos da Google, apontam que 49% das pessoas declaram estar ficando mais em casa durante o tempo de quarentena. Isso demostra um grande aumento de uso de parques (42%), varejo e lazer (40%) e locais de trabalho (3%).
Os impactos da pandemia
O lado ruim da pandemia foi o impacto nas finanças, sobrecarga da nova rotina, dificuldades de manter os velhos hábitos, medo e a tensão constantes. Já olhando por uma outra perspectiva a pandemia trouxe mais autocuidado, revisão da identidade, reaproximação das relações, capacidade de viver com o outro, redescoberta de habilidades e lazer. O papel do consumo sempre foi relevante na percepção de prazer e inclusão social, mas a pandemia também alterou de forma significativa suas relações passando também por diferentes momentos, como por exemplo:
- Segurança: a paralisação também ocorreu na esfera do consumo que foi contido e minimizado.
- Compensação: foi retomado em diferentes intensidades e nível de indulgência, que o pior já havia passado.
- Alívio: símbolo de retomada da normalidade, impulsionado pela quarentena.
As principais motivações de consumo na Black Friday
1. Necessidade: mais consciente de suas prioridades
A necessidade foi uma motivação presente para todos em qualquer momento, durante a pandemia o que mudou é que novas necessidades surgiram. Houve uma revisão dos centros de custos individuais, com as mudanças nos gastos da casa aliada a crise econômica, algumas necessidades menos urgentes ficam estagnado. Segundo uma pesquisa realizada em agosto de 2020 pela Ipsos, houve uma diminuição de 58% das pessoas, que estão comprando menos por conta da situação econômica.
2. Indulgência: aberto para experimentos
A ocupação do vazio emocional é representada pela restrição do consumo como um atalho para o bem estar imediato. A quarentena também se transforma em um atenuador da culpa e o “eu mereço” passa ter prioridade. Contudo, a indulgência moderada, pois quando o excesso toma conta a indulgência toma conta e torna-se fonte de ansiedade. Segundo uma pesquisa realizada em agosto de 2020 pela Ipsos Covid Pulse Survey, 64% das pessoas ainda estão comprando ou procurando itens que gostam de ter, mas fazendo isso online.
3. Entretenimento: mais planejamento
As compras entram nos momentos de ócio, para enganar o tédio e amenizar a ansiedade como uma forma de entretenimento. Esse comportamento passa por uma familiaridade maior com o mundo online, o que acontece aqui é como um “disfarce” do mundo físico. Segundo uma pesquisa realizada em agosto de 2020 pela Ipsos, 50% das pessoas dizem que comprar online distrai e alivia o stress.
De acordo com os dados internos da Google, 52% das pessoas gastam mais tempo pesquisando sobre produtos e lojas antes de comprar online, houve também um aumento de 47% de buscas das categorias de varejo em relação ao ano passado e 50% das pessoas sentem que a prioridades mudaram e querem viver com menos.
Um exemplo desse comportamento, é o aumento do uso de aplicativos durante a pandemia. De acordo com a App Annie, os consumidores no terceiro trimestre de 2020 baixaram 33 bilhões de novos aplicativos globalmente e gastaram um recorde de US$ 28 bilhões em aplicativos.
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Físico
Mesmo o digital ampliando sua base, não substitui a experiência física e a retomada está sendo parcial e gradual com objetivo de resgatar seu valor simbólico. Em uma pesquisa exclusiva da Google com a Kyra em agosto de 2020 com 1000 brasileiros, disseram que 70% passam menos tempo percorrendo as lojas, 62% evitam tocar e sentir os produtos nas lojas, 42% ficam nervosos em comprar em lojas físicas e 50% afirmam que comprar em lojas físicas e é mais estressante que comprar online.
As aglomerações físicas representam um risco latente para a sociedade. Com isso, a segurança ao fazer comprar físicas pode ser aumentada por meio da experiência do cliente para realizar compras de forma mais rápida, escolher os produtos antes de chegar à loja tendo menos contato físico, evitar a frustração com mais planejamento na hora de realizar a compra e organizar o fluxo das lojas para evitar aglomerações.
Digital
O Digital é a vitrine e também a principal ferramenta para compra mais rápida e planejada na Black Friday. Conforme dados da Waze, o espaço digital há mais de 10.2 milhões de novos e-shoppers brasileiros, 54% estão comprando mais online agora do que antes do COVID-19, por opção mesmo após a reaberturas das lojas em grande parte das regiões por gostar de pesquisar e descobrir ovo itens online em vez de fazê-los na loja física.
Para realizar compras mais rápidas, a decisão pré-compra é essencial. Com isso, é preciso diminuir as incertezas de compra, uma solução é de adotar uma conduta de mais transparência na Black Friday. Dentre as principais características que diferenciam o digital do físico, é ter melhores preços, variedades, praticidade, promoções atrativas e mais segurança. Confira a seguir um exemplo de integração do online e offline:
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O que esperar da Black Friday 2020?
Explorar narrativas tecnológicas e contar histórias fortes são umas das formas de conexão para entregar ofertas melhores na Black Friday 2020. Com vendas mais humanizadas realizando livecommerce, mais transparência, interatividade, profundidade e exclusividade. Em 2020, o consumidor é mais desafiado, planejado, cuidadoso e principalmente conectado.
A Black Friday deste temporada chegará em um momento de pausa e recomeço. Este ano já podemos analisar movimentos de Pré-Black Friday de grandes empresas, que disputam para conseguir seu espaço e atenção do consumidor na hora de fazer compras. Como por exemplo o evento pré-BlackFriday (Amazon Prime Day), Samsung com página especial com pré-registro para informações sobre ofertas, Magalu que antecipou a venda de produtos na Black Friday e outra diversas empresas.
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