Web Summit 2022: confira os principais destaques e tendências em inovação

Denny Mews, fundador e CEO da Cargon, compartilha sua experiência no Web Summit 2022 que é considerado um dos maiores eventos de inovação e tecnologia do mundo. Confira a seguir seus principais insights do evento com referências práticas para aplicar no seu negócio. 

Muito além do Web Summit que é um evento global, onde se esperam mais de 70 mil pessoas do mundo inteiro, Portugal, principalmente a região de Lisboa, está se abrindo para o mundo da inovação e do empreendedorismo.

Cheguei em Lisboa com a expectativa do Web Summit, mas encontrei uma cidade aberta, pulsando inovação e negócios. Visitamos a Nova School of Business and Economics, uma Business and Economic School (é um ecossistema completo), lugar fantástico, com muita inovação aberta e fechada, onde a pesquisa e empresas dão o “push” para a universidade (normalmente acontece o contrário).

Ansioso pelos róximos dias aqui. Hoje, dia 01/11 oficialmente, iniciaremos o Web Summit Lisbon, vamos ver o que nos aguarda. Estamos ansiosos para absorver conhecimento e levar isso para nosso time da CargOn poder aplicar nos negócios.

 

Primeiro dia: Não só de tecnologia vive o homem!

Imagem via Denny Mews/Reprodução

Durante a abertura do evento, mais uma vez pude provar a pluralidade, pessoas do mundo inteiro querendo entender e aprender mais sobre inovação e tecnologia e empresas globais também aprendendo e mostrando seus produtos.

Mas, muito mais que tecnologia, ontem foi o dia de falar sobre problemas sociais e econômicos que afetam nosso mundo atual, bem como mostrar para esse público, predominante jovens, como nossa voz e ações podem mudar o mundo!

Tivemos a honra de ouvir a primeira-dama, Olena Zelenska, falando à nós o que se passa na Ucrânia. Não conseguimos imaginar o que acontece lá! 

Também teve Lisa Jackson, VP de iniciativas de meio ambiente, social e política da Apple falando sobre as minorias e catástrofes naturais, como o furacão Katrina que atingiu diretamente sua família.

A CargOn tem o olhar ESG, onde a parte ambiental está bem encaminhada e agora estamos evoluindo a parte social, que em breve estaremos falando mais sobre isso.

 

Segundo dia: Competição dos países à nível global por tecnologia

Imagem via Denny Mews/Reprodução

Foi um dia de reconhecimento dos pavilhões das soluções. São cinco pavilhões de muita tecnologia!

Muita solução em realidade aumentada, algumas “tentativas” de metaverso, muita gestão de cloud e muitas, muitas pequenas soluções para diversas dores do mercado (nem todas as dores confesso que reconheci, mas isso é assunto para depois).

Mas o que mais me chamou atenção, foram os stands dos países: Brasil , Portugal, Alemanha, Áustria, Polônia, Ucrânia e Espanha. Todos eles buscam atrair bons negócios para seus próprios países. Inclusive iniciativas de cidades como São Paulo, onde o prefeito Ricardo Nunes apresentou as suas.

 

Terceiro dia: Prioridades de investimento

Imagem via Denny Mews/Reprodução

As únicas palestras que tinha agendado para o evento com altas expectativas foram do Toto Wolff, CEO da equipe Mercedes-Benz AG de F1 e Nicole Muniz, leadership da Yuga Labs, criadora dos Bored Ape, aqueles “macaquinhos” criados por IA que o Neymar pagou mais de R$ 6 milhões.

Toto Wolff falou muito sobre sustentabilidade, de como a F1 está focando nisso e para ser sustentável, precisam limitar o número de pessoas viajando. Dessa forma, o máximo de engenheiros acompanhando as corridas são 19 e eles tem mais 2000 engenheiros em sua fábrica. Então o desafio se torna em criar a melhor interação possível entre campo e fábrica e para isso usam o TeamViewer, onde também esteve junto no talk Oliver Steil, CEO.

Já Nicole me deixou muito intrigado. A empresa dela vale mais de US$ 2 bi, por criar uns macacos sem utilidade alguma e usar o “buzz” das NFTs para isso. Agora estão focando em metaverso de nome “The Other Side” e segundo ela, os aportes que receberam serão usados para criar coisas “idiotas” e “loucas”, mas focadas na Web 3.0, que quer criar algo mais divertido que a Web 2.0.

No meu resumo de hoje, não tenho afirmações, tenho dúvidas: Será que estamos investindo dinheiro em empresas corretamente, que realmente gerem negócios, melhorias para a humanidade e um mundo melhor?

Ou será que essas loucuras poderão nos levar a coisas inimagináveis no futuro, assim como foi o próprio computador pessoal já citado como algo louco, sem utilidade? O que você acha?

 

Quarto dia: A inclusão digital e o metaverso

Imagem via Denny Mews/Reprodução

O último dia do Web Summit foi muito interessante, apesar de querer assistir mais palestras, a feira é muito grande e todo dia o stand das startups mudava, minha média de caminhada foi de 12 km por dia – ainda bem, pois foi o exercício que fiz!

Eva Longoria (atriz famosa de Desperate HouseWifes), falou muito sobre iniciativas de inclusão digital e empoderamento da sociedade em geral. Nos lembrou que somos cidadãos do mundo e que independentemente de onde viemos, qual nossa etnia, somos parte do todo. E realmente, quando falamos em preservação do mundo, não podemos pensar em um país somente, mas em todo o globo.

Mas queria assistir muito à palestra de Naomi Gleit, Head of Product of Meta, que compartilhou sobre o que a Meta pensa e faz sobre o produto de metaverso deles. Sinceramente, falou bastante e não disse nada, creio que todas as críticas ao produto de metaverso da Meta prejudicaram um pouco o conteúdo. Mas uma coisa ela deixou clara, que a visão para o metaverso é para uso empresarial e não entretenimento. Resumo do dia:

 

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