O mundo está passando por uma transformação digital a uma velocidade surpreendente e a web 3.0 e o metaverso não são mais apenas conceitos. Hoje são realidade em muitas plataformas e vêm revolucionando a internet e a forma como nos conectamos, criando um mundo paralelo hiper-real e imersivo. O que antes estava projetado no futuro, agora é presente, mas claro, com um universo ainda por emergir. A realidade virtual e tudo que essa tecnologia envolve tem provocado uma corrida pelo domínio deste mercado em potencial. É fato: a “Internet 3D” veio para ficar.
A sociedade está em um momento de transição da web 2.0 para a 3.0, que está sendo chamada de a era da propriedade. Isso porque os usuários terão propriedade sobre suas criações e poderão as explorar diretamente. O acesso às plataformas da web 3.0 ainda está mais restrito a trendsetters ou públicos segmentados, como gamers, mas a tendência natural é acontecer a expansão massiva da tecnologia. A terceira geração da internet é descentralizada, gerenciada de maneira autônoma por meio de inteligência artificial (IA) e construída na tecnologia blockchain.
Com a web 3.0 e a realidade virtual 3D as conexões serão cada vez mais reais
Já vivemos conectados em tempo integral e começamos a migrar para a web 3.0, baseada na realidade virtual 3D, nas criptomoedas e em tecnologias como o blockchain – um mecanismo avançado de banco de dados em blocos. Isso significa que as conexões vão se tornar cada vez mais reais e, cada vez mais, vamos assistir a shows, participar de cursos, realizar reuniões, tudo de maneira imersiva, sem barreiras, de qualquer lugar. Web 3.0 e metaverso se complementam quando miramos nas inovações tecnológicas. A modernização da internet pretende oferecer aos usuários o controle total sobre as suas atividades e os seus dados online, aliando tokenização, blockchain e criptomoedas.
Em paralelo, o metaverso representa a ponte entre o mundo físico e o novo mundo virtual, onde será possível comunicar, entreter e realizar negócios de uma forma totalmente sensitiva e imersiva. Esse ambiente virtual em 3D pode ser acessado a partir de diferentes tecnologias, como realidade virtual, realidade aumentada, jogos e redes sociais. Nesse conceito, há um entrelace entre a vida real e virtual, aliando experiências de educação, trabalho, consumo e entretenimento.
Hoje o metaverso pode ser visto, principalmente, no universo dos jogos, como o Fortnite, onde os usuários podem criar personagens que permitem a interação dos jogadores, além de shows com superstars, como Travis Scott, Ariana Grande e Billie Eilish, e a participação de grandes marcas como do supermercado Carrefour. Destaque também para a plataforma de jogos Roblox, onde qualquer pessoa pode criar e até monetizar o seu próprio mundo de jogo, com seus avatares e moedas. E, claro, o popular Second Life, que simula a vida real em um ambiente virtual, e o próprio Horizon Workrooms da Meta (ex-Facebook). Há muito ainda a ser explorado e as projeções do meio tecnológico indicam que os negócios no metaverso devem movimentar cerca de 400 bilhões de dólares no mundo até 2025.
A capacidade de processamento das IAs do futuro vai transformar as nossas vidas
Idealizar um mundo digital revolucionário, pautado na Web 3.0 e no Metaverso, é de fato empolgante, contudo não podemos deixar de lado as questões que envolvem a segurança e a proteção cibernética no futuro. É preciso ter em mente, desde já, que esse universo paralelo deve ser arquitetado de maneira segura, com protocolos bem definidos, pois um território sem dono e sem regras também pode ser perigoso. Sou entusiasta de tudo que envolve tecnologia, mas para colhermos bons frutos é necessário muito estudo, planejamento, plano de ação e coerência em todos os passos, sem deixar de lado soluções de privacidade e segurança.
Máquinas, softwares e programas capazes de realizar tarefas como os humanos serão possíveis um dia? Acredito que sim, e chegaremos no momento em que as IAs poderão tomar suas próprias decisões sem a necessidade de mediação dos seres humanos, com sistemas autônomos e altamente eficientes. Já temos, inclusive, uma tecnologia nesse sentido: a GPT3, desenvolvida pela OpenAI e baseada em machine learning (aprendizado de máquinas). Essa inteligência artificial é capaz de escrever uma infinidade de gêneros textuais de forma muito parecida com um humano. Este ano, no concurso anual de arte da Feira Estadual do Colorado, nos Estados Unidos, Jason M. Allen ganhou em primeiro lugar como artista digital, com a obra “Théâtre d’Opéra Spatial”, criada com a ajuda do programa de IA Midjourney, que transforma frases de texto em desenhos hiper-realistas.
O potencial de criação e produção destas tecnologias mostra como as máquinas podem vir a assumir funções que hoje dependem da inteligência humana. A enorme capacidade de processamento das IAs do futuro vai transformar as nossas vidas e a forma como interagimos com o mundo. Trabalho, entretenimento, estudos, relacionamentos, geração de riquezas: absolutamente tudo será visto sob uma nova perspectiva.
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