O AAA Inovação e o Distrito se uniram para trazer o top 9 de 2019, divididos em Top 3 Inovações, Top 3 Tecnologias e Top 3 Negócios.
Destrinchamos algumas das maiores disrupções do ano, levando em conta as mudanças já ocorridas e o que ainda pode estar por vir. Hoje, é dia de falar sobre as Top 3 Inovações de 2019!
Início da Guerra do Streaming
Por anos, a Netflix dominou o mercado de streaming de filmes e séries sem praticamente nenhuma concorrência. A empresa aumentou seu valor de mercado em 100x entre 2006 e 2019 ($ 1.38bi em 2006 e $ 138bi em 2019).
Por mais de uma década, a Netflix foi praticamente sinônimo desse mercado e ajudou a consolidá-lo ao redor do mundo. Contudo, os dias de navegar nesse oceano azul parecem ter acabado.
2019 marca o início da chamada Guerra do Streaming, que deverá se desenrolar pelos próximos anos. Hulu, YouTube Premium, Hbo Go, Peacock e Starz estão entre os players que já vem dando trabalho à Netflix.
Mas essa guerra vai ficar ainda mais acirrada a partir de 2020, pois players como Globoplay e Amazon Prime Video aumentaram seus investimentos em suas plataformas de streaming.
Contudo, talvez nada deixe essa briga mais explícita do que os lançamentos da Apple TV e da Disney+, que alcançou 10 milhões de assinantes nos Estados Unidos em seu primeiro dia.
Essas empresas de streaming provavelmente irão brigar conteúdo a conteúdo por cada um de seus usuários, em uma guerra de preços e qualidade de conteúdo que deve durar alguns anos durante a década de 2020. Contudo, é possível pensar que, dentro de alguns anos, nem todos esses players ainda estarão no mercado, fruto das margens que se tornarão cada vez mais apertadas.
Essa disputa cliente a cliente e conteúdo a conteúdo provavelmente fará com que algumas dessas empresas busquem outros oceanos para navegar. É esperar para ver. Ainda estamos no início do primeiro episódio da Guerra do Streaming.
Amazon invadindo de vez o Brasil e o início da disputa com a Magazine Luiza
2019 marcou de vez o avanço de uma das maiores empresas do mundo no mercado brasileiro. A Amazon decidiu lançar por aqui alguns de seus produtos e segmentos mais famosos, como o Amazon Prime, sua linha de smart speakers Echo e suas lojas focadas em produtos específicos, como lojas de produtos para bebês, carros e bebidas.
Como acontece sempre que a Amazon faz algum grande anúncio, sua chegada ao Brasil fez todo o varejo tremer. Contudo, se engana quem acha que a gigante norte-americana terá vida fácil por aqui.
Um dos símbolos de como um processo de transformação digital deve acontecer, a Magazine Luiza, que cresceu 183x nos últimos 3 anos sob o comando de Frederico Trajano, aposta em uma integração cada vez mais entre on e off, além de usar altas doses de tecnologia ao seu favor, para bater de frente com a empresa de Jeff Bezos.
A empresa busca também cada vez mais se tornar uma plataforma, e tem iniciado esforços para que seu aplicativo não venda apenas produtos, mas também serviços.
A ascensão dos unicórnios brasileiros e a queda dos unicórnios superestimados
Esse ano marcou também a entrada de diversas startups brasileiras no seleto grupo dos unicórnios (startups avaliadas em pelo menos 1 bilhão de dólares).
Boa parte delas alcançou esse status após rodadas massivas de investimento, em sua maioria lideradas pelo fundo japonês SoftBank. Hoje, o Brasil conta com 9 unicórnios: Nubank, iFood, 99, QuintoAndar, Gympass, Loggi, EBANX, Loft e Wildlife.
A América Latina vem recebendo cada vez mais atenção de fundos internacionais, principalmente pelos grandes mercados ainda não explorados por aqui. As colombianas LifeMiles e Rappi são duas das principais startups do ecossistema hoje.
Segundo um estudo da KPMG em parceria com o Distrito, existem hoje 7 empresas que podem se tornar as próxima startups unicórnio brasileiras em um futuro próximo: Creditas, Buser, ContaAzul, Olist, Resultados Digitais, VTEX, Neon, Madeira Madeira, Dr. Consulta e CargoX. Lembrando que esse mesmo estudo acertou suas previsões de que Loggi, QuintoAndar e EBANX se tornariam unicórnios.
Clique aqui para baixar o estudo!
Contudo, todo esse otimismo vem acompanhado também de uma espécie de “crise dos unicórnios” nos Estados Unidos, onde WeWork, Uber, Lyft e Peloton perderam muito valor de mercado em poucos meses.
O excesso de otimismo e as grandes quantidades de dinheiro depositadas por fundos (como o SoftBank) em empresas que estão longe de serem lucrativas, como WeWork e Uber, acendeu uma luz de alerta em startups, investidores e clientes no mundo inteiro.