Top 3 Inovações de 2019 [AAA Inovação + Distrito]

O AAA Inovação e o Distrito se uniram para trazer o top 10 de 2019, divididos em Top 3 Inovações, Top 3 Tecnologias e Top 3 Negócios.

Destrinchamos algumas das maiores disrupções do ano, levando em conta as mudanças já ocorridas e o que ainda pode estar por vir. Hoje, é dia de falar sobre as Top 3 Inovações de 2019!

Carnes desenvolvidas em laboratório

No início de 2019, Bill Gates já havia elencado as carnes produzidas em laboratório como uma das 10 mais importantes tecnologias desse ano. Isso se concretizou e parece que estamos apenas no começo dessa revolução.

Em 2013, a empresa holandesa Mosa Meats produziu o primeiro hambúrguer de carne cultivada em laboratório do mundo, a um custo de aproximadamente 325.000 dólares, financiado por Sergey Brin, um dos fundadores do Google.

Desde então, empresas pioneiras como a Beyond Meat, Memphis Meats e Impossible Foods conseguiram diminuir os custos de produção em mais de 10 mil vezes. A Beyond Meat e a Impossible Foods são hoje avaliadas em aproximadamente 5 bilhões de dólares.

Aqui no Brasil, a Behind the Foods e a Fazenda Futuro já entraram de vez nesse mercado.

O desenvolvimento de não apenas carnes, mas de outros produtos alimentícios têm chamado a atenção de consumidores e investidores pelo fato de que, segundo as previsões, seremos 10 bilhões de pessoas no planeta Terra até 2050.

A Not Company, por exemplo, produz leite, maionese e iogurte usando inteligência artificial, sem ovos ou leite de vaca. A Kite Hill usa leite de amêndoas e vegetais para criar iogurtes, massas e queijos. A New Wave Foods, por sua vez, produz camarão à base de vegetais, enquanto que a Odontella produz salmão a partir de microalgas.

O mercado de comidas desenvolvidas em laboratório já atraiu investidores como Bill Gates, Richard Branson, Jack Welch e Jeff Bezos. E deve continuar a crescer (e a levantar discussões) durante a década de 2020.

Alibaba e o Varejo do Futuro

A segunda maior empresa da China tem muito a ensinar (e a demonstrar) sobre o Varejo do Futuro. O Alibaba, dono do Aliexpress e empresa por trás do Singles’ Day, o maior feriado de compras do mundo, é também a empresa por trás da rede de supermercados Hema.

Segundo a Fast Company, os supermercados Hema fazem os supermercados Amazon Go parecerem “básicos demais”.

Por lá, a integração entre online e offline é levada ao extremo. Para comprar no Hema, os clientes devem fazer o download do aplicativo do supermercado. As compras são feitas a partir de QR codes, que adiciona os produtos a um carrinho de compras digital. Os QR Codes trazem também informações sobre os produtos, como data de fabricação, informações nutricionais e análises de clientes, além de receitas que o cliente pode fazer usando aquele produto.

O aplicativo Hema também se lembra do comportamento de compra dos usuários e utiliza esses dados para fazer recomendações personalizadas. Além disso, já que os produtos possuem “preços digitais”, eles podem ser atualizados em tempo real, baseado nas taxas do mercado.

Outro ponto forte dos supermercados Hema é que seus clientes podem receber suas compras em aproximadamente 30 minutos, de graça, se o endereço de entrega estiver a até três quilômetros de uma loja da Hema.

Por essas e outras funcionalidades, o Alibaba e os seus supermercados Hema são uma amostra das grandes mudanças que podem estar para acontecer no varejo nos próximos anos.

Every (big) company is now a bank

Em 2009, Rick Burnes, da Hubspot, declarou que “Toda empresa é agora uma empresa de mídia”, referindo-se ao fato de que todas as empresas iriam investir da criação de conteúdos ou então servir como meios para a divulgação de conteúdos.

Em 2019, dez anos depois, essa frase poderia ser modificada para algo como “Toda empresa é agora um banco”. Guardadas as devidas proporções, mais e mais companhias vêm adicionar serviços financeiros às suas soluções.

Uber, Apple, Google, Amazon, Facebook estão entre as empresas que anunciaram serviços financeiros dentro de suas plataformas. Especialistas defendem que esse movimento permite que as empresas conheçam ainda mais os seus usuários e fidelizá-los no longo prazo, uma característica dos serviços financeiros.

Essa tendência está diretamente ligada à tendência dos superaplicativos, contudo, existem algumas ressalvas e alguns pontos de atenção. Quanto mais empresas começarem a fornecer serviços financeiros, uma nova onda de disputa por taxas menores, o que pode transformar esse mercado em um imenso oceano vermelho.

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