Principais insights do terceiro dia do C2 Montréal

Seguindo a terceira parte da série de artigos sobre o C2 Montréal, irei abordar nesse texto sobre os principais insights do dia 03 de um dos maiores festivais de inovação, criatividade e negócios do planeta.

O último dia do festival de inovação C2 Montreal começou com um café da manhã oferecido pelos organizadores do evento para apenas alguns convidados, com os debatedores Glenn Castanheira (Diretor da Montréal Centre-ville), François Lacoursière (Vice-Presidente Sênior de Inovação da Ivanhoé Cambridge) e Isabelle Éric (Diretora de Marketing da Quebec Offices), discutindo a respeito do que é possível realizar e produzir para transformar o centro da cidade de Montreal mais atrativa. Uma conversa sobre os desafios, mas também as possibilidades, oportunidades e grandes benefícios do centro de Montreal. Logo no início do evento, éramos convidados a participar de uma enquete, para escolher qual deveria ser a vocação que o centro da cidade de Montreal deveria adotar. Havia 3 opções:

  1. Cultura e Espetáculos; 
  2. Gastronomia;
  3. Conexões Humanas.

Sinceramente, não consegui interpretar qual seria a proposta da opção “Conexões Humanas”, mas o debate se focou na diversidade cultural de Montreal e que seria possível estender o conceito de “centro” para toda a cidade, já que a logística de mobilidade urbana na cidade é bem estruturada, com transportes públicos eficientes, podendo realizar uma descentralização das atrações, trazendo desenvolvimento turístico e urbano para toda a cidade, de forma mais distribuída e democrática, equilibrando os investimentos e as receitas para todos os bairros.

A proposta dos debatedores para o centro da cidade de Montreal é competir culturalmente com os grandes hubs do entretenimento, tais como Londres, New York e Paris, oferecendo o mesmo nível de serviço e proposta de turismo e diversão destes centros, que certamente merecem investimentos, mas com retornos financeiros interessantes e atrativos não só para o centro de Montreal, como também para o Canadá.

Imagem via C2 Montréal | Reprodução

A palestra seguinte reforçou ainda mais os conceitos de tecnologia do segundo dia, apresentando o tema “NAVIGATING THE MULTIVERSE AND BEYOND”, com os palestrantes Caitlin Krause (MindWise; Stanford University), Sébastien Borget (The Sandbox) e Alexandre Teodoresco (Les 7 Doigts). Foi reforçado que o Multiverso é um forte vetor de criação de emprego sustentável e de alto valor agregado, e que tem a força de empoderar o artista com novas formas de contar histórias e plataformas digitais disponíveis para criar a sua propriedade intelectual. Um dos protótipos adotados por um dos palestrantes foi produzir um show em que misturava realidade virtual e performances presenciais, que conduziram o público a um nível diferenciado de experiência interativa.

O Metaverso, segundo os palestrantes, permite a diversidade de experiência: “No content, no people, no Metaverse”.

Ademais, alertaram para os riscos do Metaverso e que, sem segurança, tudo pode ser perdido.  Por isso, é necessário implantar políticas e tecnologias que permitem governança com monitoramento, para criar credibilidade

Por fim, destaca-se ainda a palestra apresentada por Violaine Camal e Gaëtan Havart (Galena in Aurum), a respeito do tema “COLLECTIVE RITUALS IN THE WORKPLACE: A NEW KEY TO RECONNECTING”. Neste sentido, foram apresentadas possibilidades de como é possível se reconectar e encontrar significado e fortalecer o compromisso no trabalho neste período de grandes mudanças, além de apresentar como a criatividade pode criar uma comunidade sustentável e comprometida.

Ademais, a inovação social traz grande impacto social, refletindo em um fluxo virtuoso de “pesquisa, inovação e comercialização”, tanto que o Laboratório Moderna teria escolhido a Província de Quebec em razão do ecossistema de inovação e pesquisa, bem como a integração colaborativa entre universidades e a iniciativa privada.

Um aspecto bacana e bem interessante da apresentação foi a provocação dos palestrantes em incentivar os empresários e executivos a criarem projetos de inovação dentro de suas próprias empresas e, quem sabe um dia, estes projetos podem virar “Spinoffs” e terem vida autônoma, criando uma empresa independente, com um propósito totalmente diferente daquela em que foi incubada. Ou seja, cada empresa pode ter a sua aceleradora de projetos de inovação e fomentar o desenvolvimento tecnológico e social.

Por fim, foi consenso que é necessário, para atuar em um mercado de inovação e criatividade, o que se chama de “soft skills”, ou seja,  um conjunto de habilidades e competências relacionadas exclusivamente ao comportamento humano. Para tanto, mentorias, capacitação e treinamento são essenciais para lapidar a personalidade desta força de trabalho, para que seja capaz de desenvolver a plenitude de seu potencial profissional.

E assim termina o evento, com gostinho de quero mais! Até 2023!

 

 Dia 01: principais insights C2 Montréal

 Dia 02: principais insights C2 Montréal

 

Confira a websérie completa feito por Paulo Perrotti sobre o C2 Montréal, um dos principais festivais de inovação, criatividade e negócios do planeta na Plataforma da AAA Inovação, clicando aqui!

Sair da versão mobile