Teoria dos Jogos: qual o papel na tomada de decisões estratégicas?

Originada através da matemática aplicada, as Teoria dos Jogo pode ser sucintamente definida como a arte de tomar decisões estratégicas. Ela ilustra uma cadeia de eventos técnicos responsáveis por simular as transações de um lado a outro de situações que preveem como os clientes ou corporações irão agir. No cenário de uma pandemia global, a agitação social se faz muito presente, e no mundo dos negócios, a incerteza econômica ainda reina.

Já no âmbito do empreendedorismo, para que uma instituição consiga sobreviver, é essencial garantir vantagens competitivas por meio da tomada de decisões estratégicas. Justamente por esse motivo, a aplicabilidade dessa teoria auxilia os líderes empresariais a calcularem, analisarem e aprimorarem as táticas a serem executadas. 

Confira este artigo até o fim e descubra como aplicar a Teoria dos Jogos em seus negócios, e se tornar um verdadeiro líder e estrategista referência na sua área. 

 

Como executar a Teoria dos Jogos nos negócios?

É de extrema importância que você, empreendedor, almeje o sucesso do seu negócio de forma altamente interativa com seus concorrentes, funcionários e consumidores.  Propriamente, a Teoria dos Jogos pensa em ações estratégicas para o destaque da sua organização, antecipando e estruturando as respostas e tendências dos seus competidores e clientes.

Para tal, você deverá levar em consideração as inclinações possíveis das decisões de seus concorrentes e também dos clientes, bem como funciona essa teoria. Além disso, é interessante explorar cenários hipotéticos e situações adversas, permitindo estimular o senso executivo de resolver problemas, bem como a criação de métodos que possibilitem melhores resultados adequados a sua empresa. 

Destacamos também o estímulo às decisões estratégicas, como entrar e sair de um ramo, capacidade de produção, estímulo às vendas, tipo e números de produtos comercializados, processo de precificação, investimentos em publicidade, e custos unitários de produção. Deve-se, portanto, pensar como um verdadeiro jogador de xadrez, exalando espírito de liderança ao aplicar e prevenir-se de vários cenários já pensados. 

 

5 etapas da Teoria dos Jogos

Para que a empresa sobreviva, é preciso que o executivo pense muitos “movimentos” à frente. Ao se preparar para uma interação rápida e pré-planejada da estratégia, a antecipação de movimentos pode ajudar as empresas a permanecerem competitivas e ferozes, mesmo em tempos turbulentos e incertos. Parece útil, não é mesmo? Então, vamos usar a Teoria dos Jogos para tomar decisões importantes para o seu negócio.

 

Simplificando as etapas, temos:

 

Teoria dos Jogos: quais os jogos de estratégia mais usados

Este é um dos jogos mais famosos no campo da Teoria dos Jogos. Funciona da seguinte maneira: dois suspeitos são detidos pela polícia, mesmo com provas insuficientes para condená-los.  Ao separá-los, é oferecido um acordo a ambos: se um deles confessar contra o outro e esse outro permanecer em silêncio, o que confessou sai livre, enquanto o cúmplice silencioso cumpre 10 anos de reclusão. 

Caso eles dois permaneçam em silêncio, a polícia só pode condená-los a 6 meses de cadeia cada um, e se um mais o outro se traírem, cada um leva 5 anos de cadeia. O dilema desse jogo consiste no mistério de tomar uma decisão, mesmo sem conhecer a escolha do outro, enfatizando a importância da colaboração, ainda que isso signifique beneficiar seu competidor (concorrente). 

Dessa forma, na Teoria dos Jogos, os jogadores podem se portar estrategicamente ou por interesse próprio, ocasionando resultados favoráveis ou não para ambas as partes. Pensando sob o prisma dos negócios, você pode aplicar isso a um cenário de duas empresas com produtos concorrentes, onde se uma empresa alterar seus preços, a outra também será forçada a fazê-lo, reduzindo os seus lucros.

 

Na Teoria dos Jogos, o Jogo do Ultimato estimula que os participantes cooperem para que ambos possam sair ganhando, uma vez que ganhar alguma coisa é melhor do que não ganhar nada. Logo, uma banca oferece uma quantia a uma pessoa, que necessariamente deverá dividi-lo com uma segunda pessoa através de uma oferta.

Caso essa segunda pessoa recuse a oferta por julgar o valor baixo demais, a banca não pagará nada a nenhum dos dois, e o jogo termina. Dessa maneira, os jogadores devem confiar uns nos outros, para que ao fim do trâmite, todos possam ter acumulado uma quantia considerável. 

Trazendo isso à realidade dos negócios, esse exemplo da Teoria dos Jogos estimula que duas corporações confiem uma na outra, para que ambas possam sair ganhando. 

 

Na Teoria dos Jogos, o Jogo da Centopeia motiva que os integrantes diminuam seus interesses individuais para que uma recompensa maior seja distribuída a todos no final. Por isso, neste jogo os dois participantes devem escolher entre pegar ou deixar uma quantia, que só aumenta a cada jogada.

Assim, os jogadores precisam confiar uns nos outros e continuar a repassar a soma, e cada um receberá a maior quantia possível ao encerramento. Caso um jogador receba a soma antes do final, cada um terminará com menos do que se eles tivessem cooperado.

Vendo isso sob os olhos empreendedores, esta tática da Teoria dos Jogos cria cenários em que duas entidades (que podem ser empresas rivais) precisam confiar umas nas outras.

 

Assim como em qualquer outro âmbito no ambiente corporativo, a Teoria dos Jogos também possui prós e contras, dependendo do contexto e da sua aplicação. As lojas concorrentes podem ser vistas como vítimas de um dilema eterno: reduzir os preços para competir com os concorrentes, mesmo que isso signifique diminuir sua margem de lucro, ou, ser engolida pela baixa de preço e alta das vendas da outra empresa eminente.

Na verdade, o que deveria ser levado em conta é que as duas instituições se sairiam melhor caso as duas mantivessem seus preços altos, simples assim. Outro fator a considerar é não basear todas as estratégias da sua empresa em previsões de mercado, mas sim previsões precisas, as quais a Teoria dos Jogos não pode tendenciar.

 

Sem sombra de dúvidas, SIM! É muito vantajoso e inteligente utilizar-se da Teoria dos Jogos para alavancar seus negócios. Mas, apesar disso, deve-se estar atento sempre a criar táticas precisas e fiéis aos dados do mercado, e não basear-se apenas em previsões.

Assim, podemos concluir que apesar da intuição desempenhar um papel fundamental na definição da estratégia e tomada de decisões, as projeções precisam da Teoria dos Jogos para serem confiáveis, e não apenas meras especulações. 

Infelizmente, a intuição por si só nem sempre é confiável, justamente por muitas vezes ser suscetível a suposições, preconceitos e resultados desejados. 

 

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