O storytelling é gerar significado para um cenário, além de provocar sentimentos como de alegria e tristeza por exemplo. Dessa forma, é possível cativar a sua audiência com histórias e quando bem construída nos ajuda em nossos objetivos.
Para se aprofundar no assunto, entenda como comunicar sua ideia e desenvolver narrativas que podem funcionar tão bem para prender nossa atenção em qualquer formato.
Jornada do Herói de Campbell
A jornada do herói é um arquétipo narrativo comum ou modelo de história que envolve um herói em uma aventura, aprendendo uma lição, vencendo com novos conhecimentos e depois se transformando.
Em O Herói de Mil Faces (1949), Joseph Campbell, professor de literatura no Sarah Lawrence College, propôs a teoria de que todas as narrativas mitológicas têm a mesma estrutura básica. A jornada do herói de Campbell resume o conceito da seguinte forma:
“Um herói escapa do mundo comum para uma região de maravilhas sobrenaturais. Forças extraordinárias são encontradas, e uma vitória decisiva é conquistada: o herói volta dessa misteriosa aventura com o poder de conceder bênçãos a seu semelhante”.
Joseph Campbell
Como se tornar um bom storyteller?
O conceito apresenta uma narrativa em looping em que o protagonista supera vários desafios para se tornar um herói, capaz de engajar leitores e espectadores. Assim, esta fórmula narrativa é dividida em 12 passos para reunir todos os elementos que nos chamam a atenção:
- Homem cotidiano: o herói começa a jornada em seu mundo comum.
- Chamado à aventura: recebe um chamado para se aventurar pelo desconhecido.
- Recusa do chamado: inicialmente, recusa o chamado por insegurança ou obrigações que o mantém preso ao seu mundo.
- Encontro com o mentor: ao se comprometer com a missão, o herói se encontra com um mentor ou recebe ajuda externa.
- Travessia do problema menor: marca o momento em que o herói cruza uma fronteira para entrar de fato em um novo universo.
- Testes, amigos e aliados: enfrenta desafios para alcançar seu objetivo e é cada vez mais forçado a se transformar, testado e desafiado.
- O casulo: questiona a sua aventura e a sua necessidade de ter saído lá do seu universo comum.
- Provação suprema: momento muito difícil causado pelos questionamentos que ele teve no passo anterior.
- Recompensa: venceu aquela provação do passo anterior e agora está muito mais seguro a sua transformação.
- Retorno: precisa sair do mundo extraordinário que promoveu sua transformação e voltar para o primeiro passo.
- Ressurreição: passa por um grande desafio que consegue solucionar na sua jornada.
- Liberdade: depois de ter aprendido com todas a lições deixa de ser o herói para seguir com sua vida.
Storytelling com Dados: alcance objetivos com dados e boas histórias
Como usar a Jornada do Herói nos negócios?
Além do sucesso absoluto na produção audiovisual, a Jornada do Herói também é muito útil para os negócios.
Ao utilizar técnicas de storytelling, você deve enxergar o cliente como protagonista da história, conforme mostra o modelo abaixo:
- Homem cotidiano: Este é o mundo atual do cliente ou público-alvo onde há um problema que precisa ser resolvido.
- Chamado à aventura: é a busca para identificar problemas e encontrar soluções.
- Recusa do chamado: o cliente inicialmente resiste e você precisa superar essas objeções.
- Encontre-se com o mentor: neste caso, o mentor é você e sua marca, e transmite a confiança necessária no processo de compra.
- Travessia do problema menor: quando os clientes conseguem ter uma nova perspectiva sobre a solução.
- Testes, amigos e aliados: neste caso, o pequeno desafio é superar as crenças e medos limitantes do cliente.
- O casulo: é o momento antes da decisão, em que você deve revisar as dores do cliente e apresentar seus benefícios.
- Aprovação suprema: é a batalha final pelo “sim” do cliente.
- Recompensa: é a merecida conversão de um lead para cliente.
- Retorno: é no pós-venda quando o cliente retorna com uma solução valiosa para transformar sua vida.