Future Thinking: As quatro vítimas do futuro segundo Alvin Toffler

Não é preciso acertar sempre para se ganhar fama como futurólogo. Foi o que aconteceu com o economista e futurista, Alvin Toffler, que publicou em 1970 o Choque do Futuro ou Future Shock. O livro se tornou um best-seller e o primeiro de uma série em que o autor previu a revolução de tecnologias, incluindo o impacto dos computadores pessoais e da Internet, e várias outras transformações estruturais da sociedade.

No livro Choque do Futuro, Toffler argumenta que transformações sociais e economicas estão a acontecer a um ritmo que faz com que seja difícil para as pessoas acompanharem a mudança. Além disso, apresenta as “4 vítimas do futuro”, ou seja, pessoas que não irão se adaptar à nova dinâmica desse mundo de alta complexidade. 

Para aprender mais sobre o assunto confira mais detalhes a seguir:

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As 4 Vítimas do Futuro

Imagem via Jehyun Sung/Unsplash

Daqui para frente, cada vez é mais importante que nunca estar consciente de que o mundo se tornará ainda mais complexo e é preciso que você tenha cuidado para não se tornar uma “vítima do futuro”.

Por conta disso, o futurista Alvin Toffler escreveu o livro Choque do Futuro em 1970, mas os conceitos e visões permanecem mais atuais do que nunca, já que daqui pra frente o mundo se tornará ainda mais complexo. Essas pessoas, vítimas do futuro, são divididas em 4 tipos: 

 

1/4 – Negadores

Os Negadores serão todos aqueles que negarão a realidade que não considerarem como bem-vinda. Essas pessoas negarão as mudanças, mesmo quando elas já parecerem óbvias para todos.

Esse tipo de pessoa irá repetir clichês como forma de se conformar que as coisas nunca irão mudar: “Os jovens sempre foram rebeldes”; “Quanto mais as coisas mudam, mais iguais elas permanecem”.

Eles podem enxergar o mundo dos negócios da mesma forma, afirmando que “as coisas sempre foram feitas dessa forma”, impossibilitando inovações e avanços.

Como não ser um Negador: Não se prenda a dogmas ou verdades absolutas, seja nos negócios, seja na vida. Esse tipo de confiança de que as coisas jamais irão mudar é exatamente o que faz com que carreiras e empresas sejam engolidas.

 

2/4 – Especialistas

Os Especialistas, por outro lado, não negarão os ventos da mudança, contudo, irão se concentrar em apenas um aspecto e fecharão os olhos para todos os outros.

Esse tipo de pessoa poderá ser um profissional altamente capacidade em determinada área, dominando as últimas técnicas e avanços tecnológicos.

Contudo, não será capaz de enxergar as mudanças em outras áreas que certamente irão lhe afetar, como o social, a política e a economia.

Dessa forma, um Especialista pode acordar um dia e “surpreendemente”, descobrir que sua especialidade, que ele demorou anos para aperfeiçoar, agora está obsoleta.

Como não ser um Especialista: Sim, profissionais com alto nível técnico e grande aprofundamento sempre serão necessários e sempre terão espaço. Contudo, apenas isso não será suficiente. Quanto mais áreas do conhecimento um profissional conhecer e quanto mais habilidades for capaz de colocar em prática, criando pontos em comum entre elas, mais valioso ele será. Para não ser um Especialista, é necessário buscar conhecimento em diversas áreas e conectá-los, gerando novos produtos, conceitos e valores.

 

 

3/4 – Reversionistas

Os Reversionistas serão aqueles que investirão suas rotinas e ideias em conceitos que (em sua visão) já deram certo no passado e, por isso, devem continuar a sendo praticados, mesmo que as mudanças em curso mostrem que não.

Essas pessoas estarão presas a dogmas do passado com uma cega certeza de que eles continuarão relevantes, mesmo com todas as mudanças em curso.

Se uma forma autoritária de lidar com colaboradores “funcionou” durante décadas, por que mudar agora? Se antes não havia toda essa “modinha” da sustentabilidade, por que se preocupar com isso agora? Se antes só consumíamos carne de origem animal, por que alguém iria querer carne feita de plantas?

Os Reversionistas enxergam as mudanças, mas são incapazes de perceber o porquê de elas estarem acontecendo.

Como não ser um Reversionista: Em uma de nossas aulas anteriores falamos sobre “enxergar o futuro com as lentes do passado”, lembra? Os Reversionistas são mestres nisso. Para não se tornar um Reversionista, desapegue de dogmas que já “funcionaram” e busque sempre questionar o porquê eles podem estar mudando, ao invés de simplesmente enxergar as mudanças como modas.

 

4/4 – Super Simplificadores

Por fim, temos os Super Simplificadores, aqueles que irão reduzir todas as grandes questões complexas do mundo a apenas um determinado ponto de vista e uma resposta simplista.

É comum que este tipo de pessoa tenha uma adoração quase cega por determinadas pessoas, marcas ou doutrinas. A cada nova ideia ou pensador que ele se depara, ele acredita que ela pode servir como uma verdade universal para todos os problemas, não levando em conta os mais diferentes contextos.

O Supersimplificador pode ver tanto coisas boas ou ruins como absolutas. Startups? São a salvação dos negócios! Inteligência Artificial? Irá roubar todos os nossos empregos!

Como não ser um Supersimplificador: O mundo tem se tornado cada vez mais complexo e tentar buscar uma verdade absoluta para tudo pode acabar fazendo apenas com que você perca grandes oportunidades. Manter a cabeça aberta e sempre questionar os diversos pontos e opiniões é fundamental para não se tornar uma vítima do futuro.

Para refletir daqui para frente, é mais importante que nunca estar consciente de que o mundo se tornará ainda mais complexo e é preciso que você tenha cuidado para não se tornar uma “vítima do futuro”.

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