Inclusão Corporativa: o que é e qual sua importância dentro das empresas?

A inclusão social é uma pauta que vem sendo muito abordada nos últimos tempos. Essa influência chegou às empresas na forma da inclusão corporativa. O Brasil é uma sociedade extremamente diversificada. O grande objetivo da inclusão em empresas é refletir essa diversidade de maneira saudável e produtiva.

Em outras palavras, é preciso abrir espaço para a contratação de minorias como:

Para contemplar essas parcelas da população de forma adequada, é pertinente definir políticas específicas em processos seletivos.

Leia este texto para conhecer o conceito de inclusão social, entender a importância e os benefícios da diversidade nas diferentes áreas e atividades, como em empresas de curso de bombeiro civil em Cajamar, e saber como as minorias podem ser prejudicadas no ambiente de trabalho.

 

O que é inclusão social?

Imagem via Dmitri/iStock

A inclusão social acontece quando pessoas historicamente excluídas pela sociedade são incluídas por meio de políticas específicas para elas. O Brasil, assim como tantos outros países ao redor do mundo, tem uma história marcada pela repressão de várias categorias sociais.

Você pode ler um breve panorama sobre a história de cada uma delas nos tópicos que vem a seguir, acompanhe.

 

Negros

Os negros foram submetidos a um processo de escravidão de quase 400 anos, durante a colonização do país. Quando foram finalmente libertados, essa população não foi contemplada por nenhuma política de inclusão social. Ou seja, eles tiveram a alforria concedida mas continuaram marginalizados.

Esse processo continua influenciando as dinâmicas sociais até hoje. Basta saber que, de acordo com o IBGE, 75% dos brasileiros vivendo na pobreza extrema são negros ou pardos. Sendo assim, a escravidão da época do Brasil Colônia tem efeitos diretos na vida da população negra até hoje. 

Inclusive, a falta – ou menor quantidade – de negros em cargos qualificados, como corretor porto seguro auto, é um dos inúmeros reflexos disso.

 

Mulheres

Em 2020, a socióloga Eva Blay apontou a profunda desigualdade representativa entre homens e mulheres na política brasileira. As mulheres estão presentes em apenas 10% dos cargos da Câmara: 45 deputadas em um total de 468 políticos. No Senado a diferença é parecida. Dos 81 senadores, só 11 são mulheres.

Em números percentuais isso corresponde a 13,6%. Enquanto o racismo é baseado em opressões étnicas, o machismo se baseia em opressões de gênero. A partir do momento histórico em que as sociedades passaram a ser patriarcais, as mulheres foram relegadas ao papel de cuidadora dos filhos e do lar.

O surgimento desse novo estereótipo fez com que a classe feminina perdesse vários direitos. As mulheres só passaram a poder votar em 1932, com o Código Eleitoral decretado por Getúlio Vargas, por exemplo. A baixa representatividade feminina nos cargos de poder também se explica pelo problema da dupla jornada, fator que pode impedir a atuação em profissões como veterinário 24H por exemplo. 

 

Do começo da carreira à liderança: como mulheres fazem a diferença no mercado?

 

Pessoas com deficiência

Segundo o IBGE, 17,3 milhões de brasileiros acima de 2 anos possuem algum tipo de deficiência. Metade desse número é representado por idosos. A Convenção dos Direitos da Pessoa com Deficiência determina que a deficiência se compõe pelos impedimentos, barreiras e restrições a que as pessoas se deparam ao longo da vida.

Para se ter uma ideia dos impactos, só 28,3% das pessoas com deficiência estão inseridas no mercado de trabalho.  Além disso, quase 68% dessa população não completou o ensino fundamental e até mesmo os espaços físicos podem ser impeditivos para a realização de atividades diversas.

 

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Pessoas LGBTQIA+

A sigla LGBTQIA+ identifica parcelas da população que não se encaixam na lógica heteronormativa, representando: lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, queers, intersexo e assexuais.

O problema começa quando se descobre que não há um levantamento de dados sobre a presença de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho brasileiro de forma clara e todos os preconceitos enfrentados no cotidiano.

O que se sabe é que a não-conformidade com os padrões heteronormativos gera muita rejeição e informalidade. Inclusive, 90% das mulheres trans estão inseridas na prostituição. Esse dado revela muito sobre a falta de políticas de inclusão de LGBTQIA+s na sociedade em geral.

 

Por que investir na inclusão corporativa?

É fundamental ter uma empresa com Business Equality (Igualdade de Negócios), a qual visa a diversidade e a inclusão. Todo esse conjunto representa as narrativas emergentes e o futuro de consumo, ou seja, quando estamos falando sobre inclusão estamos falando do futuro dos negócios.

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Montar um time de profissionais diversificado na fábrica de bolsa térmica para empresa traz benefícios a todas as pessoas envolvidas. Leia os tópicos a seguir para entender melhor os impactos positivos que a inclusão corporativa traz para as empresas.

 

1. Destaque no mercado

As discussões sobre racismo, machismo, capacitismo e LGBTfobia estão evoluindo muito na sociedade. Com isso, os consumidores estão começando a avaliar a responsabilidade social das empresas. Ou seja, a adoção de políticas inclusivas na assistencia tecnica pode ser muito boa para os negócios.

 

2. Melhora no clima organizacional

Quando uma empresa investe em políticas inclusivas de contratação, ela promove melhorias importantes no clima organizacional.

Isso acontece porque os profissionais em cargos de chefia entendem as necessidades específicas de cada funcionário e trabalham para que eles sejam verdadeiramente incluídos na empresa. Dessa forma, a retenção de talentos de uma empresa Pinheiros vai aumentar exponencialmente.

 

3. Equipes mais versáteis

A reunião de profissionais com perfis diferentes resulta na formação de equipes mais versáteis e que podem propor soluções mais completas para diferentes situações.

Como cada funcionário tem bagagens distintas, o desenvolvimento de todo o trabalho se dá a partir da troca e da discussão de ideias. Assim, a equipe pode chegar às melhores decisões em conjunto, ampliando a inovação e a modernidade.

 

4. Abertura ao diálogo

A comunicação transparente é um dos pontos essenciais para a construção de um negócio de sucesso.

Se a equipe de funcionários da empresa que fabrica motores para portões em Fortaleza não baseia a atuação no diálogo, algo está errado.

Já que a inclusão de minorias torna necessária uma nova abordagem, a presença de negros, mulheres, pessoas com deficiência e LGBTQIA+ nas empresas vai tornar a troca de ideias ainda mais necessária. Esse é o primeiro passo em direção a um local de trabalho mais agradável e produtivo.

 

5. Oportunidades de aprendizado

A palavra “preconceito” vem da junção do prefixo “pré” com a palavra “conceito”, ou seja, é um conceito que se origina antes da experiência real. A maior parte do tratamento preconceituoso recebido pelas minorias que citamos ao longo do texto pode ser explicado a partir dessa etimologia.

O que quer dizer que, por muitas vezes, o preconceito se baseia em ideias distorcidas ou até mesmo medos infundados. Quando um empreendimento dedicado ao preço tubulação de cobre para ar condicionado oferece treinamentos especiais sobre o assunto, os demais funcionários estão tendo a oportunidade de aprender e melhorar sua relação com o próximo e com o ambiente como um todo.

Então, o impacto do negócio vai estar indo além do sucesso econômico. O impacto social também vai se mostrar e a empresa chegará a um novo patamar. Mas para isso, atividades como dinâmicas podem ser realizadas, otimizando as trocas de informações corretas.

 

As dificuldades da inclusão corporativa

Um levantamento feito pela plataforma de soluções de clima organizacional Pulse, em julho de 2021, indica que menos de 10% dos funcionários das empresas brasileiras fazem parte de algum grupo minoritário.

Esse dado ganha contornos ainda mais preocupantes quando se descobre que 73% dos colaboradores afirmam que suas empresas tem um corpo de funcionários bastante diverso.

Conheça agora algumas das principais dificuldades que mulheres, negros, pessoas com deficiência e LGBTQIA+s sofrem na hora de se inserir no mercado de trabalho.

 

1. Distância geográfica

É comum que a equipe de Recursos Humanos das empresas levem em conta a localização geográfica dos candidatos para escolhê-los. Para se ter uma noção do problema da moradia para as populações negras, 70% dos moradores das favelas da cidade de São Paulo em 2016 eram negros.

O problema óbvio é que essa parcela dos habitantes está sujeita a condições precárias de moradia, além de estarem distantes dos grandes centros. Com isso, a distância geográfica é uma questão que precisa ser debatida nos processos seletivos para que as desigualdades sejam reduzidas.

2. Horários pouco flexíveis

Como apontamos mais cedo no texto, as mulheres por vezes precisam administrar duas jornadas de trabalho semanais: o trabalho formal e o trabalho doméstico. Em pesquisa de 2019, o IBGE indica que 54,5% das brasileiras estavam ocupadas, sendo que elas dedicaram quase o dobro de tempo ao serviço doméstico que os homens: 21 horas semanais contra 11 horas semanais.

O problema se aprofunda ainda mais quando sabemos que o rendimento médio do trabalho delas foi somente 77 centavos a cada 1 real recebido pelos homens.

Então, é fácil compreender como a falta de horários de trabalho flexíveis pode funcionar como um impedimento para a contratação de mais mulheres, mesmo que em algumas categorias se note que há mais estudos por parte desse grupo. A diferença salarial entre os gêneros também é um fator que precisa ser levado em conta nessa avaliação.

 

3. Falta de acessibilidade

A contratação de pessoas com deficiência presume o investimento na adaptação do ambiente de trabalho, desde rampas até técnicas para a comunicação com pessoas surdas e cegas.

Se não existem as condições mínimas de acessibilidade para as pessoas com deficiência, o trabalho delas vai ser muito afetado.

Some isso ao preconceito dos colegas e ao baixo nível de instrução dessa parcela de brasileiros e temos aí um grande problema a ser resolvido.

 

4. Discriminação em razão da orientação sexual

Uma pesquisa feita pelo Center for Talent Innovation descobriu que 61% dos funcionários gays e lésbicas escondem sua orientação sexual por medo de represálias.

Como podemos perceber por esse dado, o ambiente de trabalho pode ser extremamente hostil para LGBTs.

A discriminação pode ser percebida pelo alto nível de informalidade entre travestis e transexuais, além do dado de que 33% das empresas brasileiras não contratariam LGBTs para cargos de chefia.

Há um longo caminho a percorrer em busca da igualdade de oportunidades para populações sistematicamente oprimidas na sociedade brasileira.

Esperamos que este texto tenha iluminado pontos importantes sobre a importância da inclusão corporativa, promovendo as adequações necessárias para que os ambientes de trabalho se tornem mais diversos e produtivos.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Business Connection, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

 

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