Economia Brasileira: quais são as principais perspectivas para 2021?

Diferente do que muitos pensam, 2020 não é um ano para ser esquecido. Ao contrário, ele foi o ano mais importante da vida de muitos de nós. Com tantos desafios e incertezas, esse ano nos impulsionou a sair do óbvio para buscarmos novas soluções e vivermos de forma diferente.

Isso incentivou as pessoas e principalmente empresas serem mais humanizadas, adaptáveis, inovadoras e criativas. Mas afinal de contas, como ficou a Economia no Brasil com este cenário? Continue lendo o artigo a seguir e entenda.

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Desempenho do Brasil em 2021

O desempenho de muitas empresas foram impulsionadas pela Transformação Digital acelerada pela pandemia do coronavírus. Apesar dos dados apresentados, a pandemia aumenta ainda mais a cautela sobre os desafios no mundo dos negócios. Confira as principais altas e quedas do Ibovespa:

Reprodução AAA Inovação

Apesar da alta de 6% do Ibovespa em março, assegurando a primeira alta mensal em 2021, o índice acumula perdas de 2% no primeiro trimestre do ano. Quem se destaca como a maior baixa dos primeiros três meses do ano é a ação do Pão de Açúcar (PCAR3), apesar da recuperação recente dos ativos.

Além das construtoras, o setor de e-commerce não teve um primeiro trimestre positivo, com Via Varejo (VVAR3) se destacando entre as maiores baixas do setor, que ainda contou com fortes baixas de Magazine Luiza (MGLU3) e B2W (BTOW3).

Veja abaixo a comparação do desempenho da bolsa brasileira comparada aos demais índices das Américas:

Índice País Variação em dólar em 2021 (%) Variação em moeda local em 2021 (%)
Ipsa Chile 11,6 6,64
Sp/Bvl Peru General Peru 6,61 6,73
S&P Merval Argentina 3,19 0,36
Dow Jones EUA 3,17 3,17
S&P 500 EUA 2,61 2,61
Colcap Colômbia 2,21 0,84
Nasdaq EUA 0,93 0,93
Prec Y Cotiz México 0,2 3,74
Ibovespa Brasil -5,31 -7,55

Os dados refletem a persistência das preocupações do mercado em relação à situação interna no Brasil, com preocupações sobre o rumo das contas públicas. A dívida bruta do país segue crescendo e deu novo salto em janeiro.

De acordo com dados divulgados pelo Banco Central em abril de 2021, o montante chegou a R$ 6,67 trilhões, ou 89,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Nesse cenário, incertezas sobre o avanço de reformas econômicas e sobre o cenário político seguem sob o radar dos investidores.

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O Brasil conseguirá ter uma recuperação da economia?

Imagem via PEGN

No Brasil devido a COVID-19, são diversos os setores que foram impactados e conseguiram se recuperar com ajuda de estímulos econômicos com foco monetário, que representa a redução da taxa de juros e causa uma maior expansão de crédito. E também, com o foco fiscal como o auxílio emergencial, que geraram mais de R$ 50 bilhões em circulação no Brasil.

Porém, dentre os principais desafios estão os políticos para implementá-los, devido aos gastos gerados pela pandemia, o governo precisou financiar uma dívida grande, resultando em um déficit de R$743 bilhões em 2020, e um aumento de mais de 600% com relação ao ano anterior, representando 10% PIB brasileiro.

Por conta disso, investidores estrangeiros podem ter receio de investir no Brasil. Uma das consequências que isso gera além do aumento da taxa de desemprego, é também o aumento da crise econômica. De acordo com o economista Ricardo Amorim, para solucionar esse problema existe três medidas necessárias serem feitas:

  1. Privatizações;
  2. Reforma Administrativa;
  3. Aumento de impostos.

 

Quais são as projeções para Economia Brasileira em 2021?

Instituição PIB  IPCA  Selic (final do ano)   Câmbio (final do ano)
Morgan +4,3% 4% 3% R$ 5,30
XP Investimentos +3,4% 3,5% 3% R$ 4,90
Itaú +4% 3,3% 3,5% R$ 4,75
Bradesco +3,9% 3,3% 4% R$ 5,00
Santander +2,9% 3% 2,5% R$ 4,60
Credit Suisse +4% 4% 4,5% R$ 5,20
Safra +4,4% 3,2% 3% por volta de R$ 5,00
Goldman Sachs +3,8% a +4% 3,7% 3% a 3,5% R$ 4,80
Bank of America +3% 4,4% 3,25% R$ 5,10
BB Investimentos +3,5% 3,4% 3% R$ 5,00
UBS +3% 4,3% 4% R$ 5,00
SulAmérica Investimentos +3,6% 3,35% 3% R$ 5,19

Com a crise econômica, o desemprego subiu no primeiro semestre de 2020 e teve menos crédito disponível. Porém, a taxa de juros diminui pela primeira vez na história para abaixo da inflação e até mesmo negativa em alguns países na Europa e Ásia. Isso fez com que as pessoas não investissem em renda fixa e optassem por investir em ações, imóveis, fundos, criptomoedas e entre outros.

Em 2020 a taxa Selic caiu para o nível mais baixo da história. Isso causou uma grande revolução. Agora, quem investe precisa focar em outras alternativas, como imóveis, fundos imobiliários, metais preciosos, criptomoedas, fundos de investimentos, venture capital e ações, que têm crescido muito nos últimos 6 meses. Além disso, há uma maior disponibilidade de crédito para setores que dependem disso para crescer, como os setores Imobiliario e automotivo.

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Quais foram os setores beneficiados pela pandemia?

Imagem via Valor Investe

Apesar das consequências negativas da pandemia serem muito notáveis e impactantes, seja no ambiente profissional ou no pessoal, existem consequências positivas que beneficiaram setores e consequentemente, milhares de profissionais de todo o Brasil.

Para os economistas, o ambiente internacional deve ser propício à economia brasileira, com a normalização das correntes de comércio internacional, em virtude da vacinação já iniciada nas principais economias do mundo. A agropecuária, por sua vez, deve ter alta de 2,2%, e serviços devem subir 3,8%. A projeção é de alta de 9,6% para o PIB da construção civil, beneficiada pelo baixo nível das taxas de juros no país.

Além do agronegócio, o mercado imobiliário e o setor de tecnologia se viram em terra fértil para implantar novos projetos e obter resultados em uma velocidade surpreendente. Através da alta demanda de seus produtos e serviços, e impactados pelo aumento da disponibilidade de crédito, esses setores foram os que mais puderam garantir crescimento e amadurecimento ao longo de 2020.

 

Dólar cai para R$ 4 ou sobe para R$7?

Imagem via TSB

Os preços de produtos devem subir em ritmo mais acelerado em 2021 e você precisa estar preparado(a). O dólar provavelmente deve continuar a cair da alta histórica registrada em 2020, salvo uma crise fiscal, política ou externa. Por outro lado, se um destes riscos se materializou, esta tendência pode ser invertida.

Por fim, as pessoas começaram a consumir mais e as empresas a contratarem mais profissionais conseguirem pagar seus empréstimos. Devido à pandemia, muitas empresas tiveram um grande aumento de custos por causa da alta do dólar, mas não puderam alterar imediatamente seus preços para não prejudicar seus consumidores, que estavam em situação financeira delicada.

Com cada vez mais brasileiros recuperando os empregos e, portanto, com a melhora da renda e do poder de compra de muitos consumidores, estas empresas terão, gradualmente, condições de elevar os preços dos produtos que vendem sem derrubar as suas vendas. Por outro lado, se um destes riscos se materializou, esta tendência pode ser invertida e o dólar pode até se aproximar do patamar de R$ 7.

 

Veja aula exclusiva de Ricardo Amorim, o economista mais influente do Brasil, sobre as Principais Perspectivas Economicas para 2021, clicando aqui!

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