Embora a Covid-19 tenha sido o principal tema de negócios nos últimos meses, o mundo já era um lugar muito complexo antes da pandemia. Ao mesmo tempo que a pandemia aumentou a complexidade, com as fronteiras fechadas e lockdowns que causaram a retração das economias.
Em determinadas áreas, acelerou muitos processos, especialmente em direção à interação digital entre governos e empresas. A digitalização permite uma comunicação mais rápida e uniforme, e uma infraestrutura digital fácil utilização e mais atrativa para as empresas.
Para ter uma compreensão aprofundada da complexidade dos negócios, afim de diminuir riscos adicionais e gerenciar a identidade operacional de forma adequada continue lendo a seguir.
O que esperar do mundo negócios para os próximos anos?
Ao olhar para 2022, há claras incertezas a curto e médio prazo para as empresas lidarem. Segundo o Índice Global de Complexidade Corporativa (GBCI) 2021 da TMF Group, os seguintes desafios são destacados:
- A velocidade com que a economia global se recuperará dos efeitos da Covid-19;
- A medida em que os funcionários vão preferir trabalhar em escritórios físicos;
- Até que ponto os governos vão apoiar o mundo empresarial conforme ele sair da crise.
Ao considerar estes aspectos, é vital que as empresas também se lembrem que o ambiente legislativo global e local em que operam provavelmente mudará também, e mesmo as jurisdições que estão empenhadas em se simplificarem não o farão da noite para o dia.
3 tendências globais de negócios
Segundo o Índice Global de Complexidade Corporativa (GBCI) de 2021, empresas e governos do mundo todo estão direcionando os seus esforços para três tendências importantes para deixar os negócios ao redor do mundo menos complexos e saudáveis, sendo eles:
1. O crescimento da gestão responsável
Empresas pelo mundo estão sendo cada vez mais encorajadas a se comportarem de forma responsável, transparente e com maior preocupação social.
2. Simplificação através da digitalização
Governos pelo mundo estão se baseando na digitalização como um caminho para simultaneamente se ajustarem ao mundo de trabalho remoto que a Covid-19 criou e removerem ou melhorarem os processos tradicionais que têm sido por muito tempo uma fonte de complexidade.
3. Complexidade global x local
O movimento em direção ao alinhamento e cooperação internacional entre jurisdições se chocou com as complexidades locais, muitas vezes peculiares, por todo o mundo. Enquanto isso, os esforços pela padronização continuam, através de regulações como o Padrão Comum de Relatórios (Common Reporting Standard – CRS), o Beneficiário Final (Ultimate Beneficial Owner – UBO) e a Lei de Conformidade Tributária de Contas Estrangeiras (Foreign Account Tax Compliance Act – FATCA), mas a adoção varia globalmente.
Os 10 países mais complexos para fazer negócios no mundo
Após analisar o ambiente de negócios e compliance de 77 países, a partir de 290 critérios, a TMF Group identificou os países mais complexos para fazer negócios no mundo.
Entre os destaques o Brasil ocupa a primeira posição, acima de França e México, que ocupam segundo e terceiro lugares.
Como diminuir a complexidade no Brasil?
O grande impasse está na quantidade de camadas (município, estado e federação) com suas especificidades de legislação e tributação, segundo o TMF Group. Além do código tributário brasileiro, que soma mais de 40 mil páginas, também dificulta para as empresas.
A estrutura descentralizada é, portanto, muito difícil de se lidar ou unificar, levando à complexidade para multinacionais. Muitas das leis trabalhistas no Brasil datam dos anos 1940, e grandes reformas nos últimos cinco anos deram mais flexibilidade a empregadores.
Essas reformas permitiram que empresas contratassem profissionais sem as mesmas responsabilidades que teriam com funcionários de período integral, enquanto muitas jurisdições procuram restringir o uso de contratos por prazo determinado. A questão é que o Brasil precisa evoluir. Para isso, é preciso inovar e ter mais agilidade para executar procedimentos, constituição de empresas e relatórios de obrigação legal.
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