Você sabia que megacidades estão sendo construídas completamente do zero? Elas começaram a ser criadas em ambientes antes inabitados e buscam ser referências globais em inovação. Nas últimas duas décadas, cerca de 150 cidades começaram a se desenvolver com objetivo de aquecer a economia e atrair investimento estrangeiro.
Além disso, até 2050, as cidades ganharão mais 2,5 bilhões de habitantes, e cerca de 90% desse crescimento estará concentrado na Ásia e na África, segundo a Universidade McGill. Para isso, as cidades se baseiam em tecnologia e, em muitos casos, em propostas de sustentabilidade. Mas será que é possível que tal cidade se torne uma futura potência econômica mundial?
Para se aprofundar no tema, continue lendo a seguir e conheça quais são as cidades do futuro:
1. Cidade portuária de Colombo, Sri Lanka
O governo do Sri Lanka está desenvolvendo uma cidade portuária, dentro da capital Colombo, pensada para competir com importantes centros econômicos do mundo. Ela está estrategicamente posicionada para se tornar um dos mais importantes centros de investimentos independentes. O empreendimento previsto para ser concluído em 2041, pode redefinir a posição econômica geopolítica do Sri Lanka no mundo. Com um investimento inicial de US$ 1,4 bilhão, a cidade terá uma área de 269 hectares, que possui o tamanho da zona central de Londres e é rodeado pelo Oceano Índico, na rota de navegação mais movimentada do mundo.
2. Forest City, na China
A Forest City, localizada na China, tem como principal objetivo se tornar a primeira cidade totalmente ecológica do mundo. Busca combater a poluição do ar por meio da absorção de CO2 (cerca de 10.000 toneladas por ano) e produção de oxigênio (900 toneladas por ano). A cidade chinesa será formada por edifícios verdes, cobertos por plantas, que serão divididos entre áreas residenciais, comerciais e recreativas.
3. Belmont, Estados Unidos
O empresário de tecnologia e fundador da Microsoft, Bill Gates, está criando uma cidade inteligente no deserto do Arizona. Cobrindo 25.000 acres de terra, Belmont será projetado e construído com tecnologia em seu núcleo.
Os desenvolvedores, Belmont Brothers, dizem que a cidade se concentrará na habitabilidade e apresentará conectividade à Internet de alta velocidade incorporada ao ambiente. Os 182.000 habitantes projetados poderão circular pela cidade em carros autônomos, com semáforos inteligentes que minimizam o congestionamento.
Índice Global de Inovação: Brasil sobe cinco posições e fica no 57º lugar
4. Songdo, na Coreia do Sul
Sendo desenvolvido desde 2002, o International Business District (IBD) em Songdo, Coréia do Sul, visa maximizar a mobilidade com o transporte público e ciclovias para substituir os carros. Tendo 40% da área dedicada a espaços verdes, o plano é ter a maioria dos escritórios, escolas e prédios não residenciais próximos a prédios de apartamentos para incentivar a caminhada. Com isso, as cidades devem reduzir significativamente suas emissões de gases de efeito estufa. Além dos resíduos que serão levados pelas tubulações e calhas do prédio residencial para geração de energia.
5. Cidade Industrial Sino-Omã, Omã
A Cidade Industrial Sino-Omã é uma cidade de US$ 10,7 bilhões que está sendo construída no Mar Arábico, ao sul de Mascate, capital de Omã. Localizado na Zona Econômica Especial de Duqm, o empreendimento de 11 quilômetros quadrados visa transformar um porto subutilizado cercado de areia em um supersite desértico orientado para o transporte, com casas, infraestrutura e instalações recreativas para 25.000 moradores.
6. Woven City, no Japão
A fabricante japonesa Toyota está desenvolvendo uma cidade inteligente para avançar tecnologias focadas em mobilidade e sustentabilidade. Projetado pelo escritório de arquitetura dinamarquês BIG e pelo renomado arquiteto Bjarke Ingels, o Braided City consistirá em sistemas conectados que promovem o equilíbrio entre veículos, pessoas e natureza. Saiba mais sobre a nova cidade inteligente do Japão no link.
7. Putrajaya, na Malásia
Como alternativa à superpopulação, Putrajaya da Malásia começou a construção em 1995 para se tornar o novo centro administrativo do país. A área tem um plano urbanístico baseado no conceito Smart Garden City, que aposta na criação de espaços verdes e na utilização de recursos tecnológicos para reduzir o impacto ambiental. A cidade tem uma área total de apenas 49 metros quadrados e tem apenas cerca de 90.000 habitantes, a maioria dos quais são funcionários públicos. Isso porque este lugar abriga o gabinete do primeiro-ministro e a maioria dos escritórios executivos do país.
Um futuro desafiador
Há algumas décadas, a urbanização era vista como um problema. Agora é visto por alguns como uma oportunidade para remodelar a economia global. As cidades tradicionais crescem ao longo do tempo, espalhando-se à medida que a população se expande, mas estas novas cidades são construídas com um propósito.
Estrategicamente localizados, eles são projetados para se tornarem os centros comerciais, financeiros, logísticos, tecnológicos ou comerciais de amanhã, direcionados ao crescimento econômico de longo prazo que pode desafiar as redes globais existentes.