Case Natura – ESG (governança corporativa, diversidade e sustentabilidade)

Várias empresas são precursoras deste movimento ESG e se tornaram referência de sucesso em várias frentes. A brasileira Natura é um exemplo completo de governança corporativa, diversidade e sustentabilidade. 

 

História da Natura com o ESG

Fundada em 1969 por Antônio Luiz Seabra, Pedro Passos e Guilherme Leal, para atuar no setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, a Natura partiu de um conceito de respeito ao meio ambiente e de valorização das pessoas que fez com que ela se tornasse uma multinacional brasileira dona das marcas Avon, Natura, The Body Shop e Aesop, com presença em mais de 110 países e receita líquida consolidada de R$ 36 bilhões. Ou seja, uma potência global. O que mostra que ser ESG é um caminho de sucesso. 

ESG: conheça o significado e como ela impacta no mercado

Focando na autoestima feminina não só com produtos como também com oportunidades, em 1974 a Natura adotou o sistema de venda direta por meio de consultoras, dando uma oportunidade de trabalho e renda (principal ou complementar) a mulheres de todas as faixas de escolaridade. Hoje, há mais de 8 milhões de consultoras que fazem o trabalho de venda direta. 

 

Também em termos de comunicação, a Natura foi pioneira, ainda nos anos 1990, na realização de publicidade celebrando a “beleza de verdade”, algo que tem enorme poder para aumentar a autoestima feminina, quebrando estereótipos limitantes e preconceituosos em relação à estética e incluindo padrões de beleza de todas as cores, tamanhos e idades. 

 

Outra frente importante que combina a governança corporativa, diversidade e sustentabilidade, é o trabalho da empresa na conscientização sobre a utilização de refis e reciclagem de embalagens. Além de aumentar o acesso das pessoas aos produtos por torná-los mais baratos, o movimento do refil trouxe bastante conscientização ambiental. 

Lançada na virada do milênio, a linha Natura Ekos, baseada em ativos da biodiversidade amazônica, tem ajudado a manter a floresta em pé ao mesmo tempo em que ajuda as comunidades ribeirinhas na geração de renda com a coleta de matérias-primas. De acordo com o relatório anual da empresa de 2021, são 58 comunidades beneficiadas com esse fornecimento. A linha Ekos é certificada pela União para Biocomércio Ético (UETB) e, na dimensão de comunicação, fez muito para que os brasileiros conhecessem e valorizassem a biodiversidade amazônica como fonte de riquezas. Na verdade, a empresa estabeleceu um objetivo de proteção à Amazônia com desmatamento zero e ampliação dos bio ingredientes de 38 para 55 antes de 2030.  

 

A empresa começou a medir seu impacto de carbono em 1998 e, desde 2007, é carbono neutro. Em 2014, foi a primeira empresa de capital aberto de origem brasileira a tornar-se empresa do Sistema B, que é uma certificação internacional que analisa práticas de sustentabilidade industrial, diversidade entre os colaboradores, presença de mulheres em cargos gerenciais e até a possível existência de ocorrências negativas como denúncias de qualquer tipo ou multas. 

 

Em termos de empoderamento feminino, o grupo Natura & Co, que inclui as marcas Avon, Natura, The Body Shop e Aesop, se comprometeu a ter 35% de mulheres na alta liderança (vice-presidente e acima) e 50% no Conselho de Administração até 2023. Outro compromisso importante é garantir a paridade de gênero e remuneração igualitária entre toda a força de trabalho global – mais de 35 mil colaboradores diretos, em todo o mundo.

 

Aprenda mais sobre ESG no AAA Minds!

Participe do bate-papo online e gratuito em que teremos a presença de Erlana Castro, speaker do SXSW 2022 e AAA Summit, professora da Fundação Dom Cabral e da SKEMA Business School na França, e mais outros convidados.

Clique aqui  para se inscrever no evento

 

Sair da versão mobile