O movimento de crescimento das fintechs, começou a acontecer há pouco tempo, principalmente quando estourou a crise em 2008, quando foi exposta a fragilidade das grandes instituições financeiras ao redor do mundo.
Desde então, eles vêm redesenhando o setor de serviços financeiros para desafiar os bancos tradicionais. Além de propor uma nova relação com o dinheiro, e também prestar serviços baseados em tecnologia para garantir agilidade e inovação.
Nubank lidera bancos digitais
O Nubank seguiu como o aplicativo de banco digital mais baixado do Brasil em janeiro, com 3,2 milhões de downloads pelo segundo mês seguido, segundo relatório publicado nesta terça-feira pelo Bank of America.
Segundo o levantamento, o Nubank concentrou 15% de todos os 22,5 milhões de downloads de aplicativos de bancos e carteiras digitais no Brasil no período, seguido pelo Bitz, do Bradesco e do PicPay. Em dezembro, o total de downloads de aplicativos de banco digital havia sido de 23,5 milhões, segundo a pesquisa.
Além disso, Nubank, PagBank e Pan tiveram a maior alta de usuários ativos (1,8 milhão, 1,5 milhão e 1,3 milhão, respectivamente). Na outra ponta, o iti, do Itaú Unibanco foi o principal perdedor de usuários ativos (queda de 1 milhão ante dezembro).
Para se aprofundar no tema de fintechs, assista o bate-papo exclusivo de Cristina Junqueira, Co-fundadora do Nubank e de Ricardo Amorim no vídeo abaixo:
Bancos Digitais vs Bancos Tradicionais
Os bancos digitais vem conseguindo crescer muito em um curto período de tempo até se tornarem empresas unicórnios. Confira a seguir a análise de bancos tradicionais como Itaú, Bradesco, Santander e bancos digitais como Nubank, XP e Stone que estão crescendo cada vez mais no mercado financeiro:
Vale notar que hoje bancos digitais, como o banco Inter é avaliado no mercado em R$ 18 bi na B3, e o Nubank no último round foi avaliado em R$ 50 bi. Já bancos mais tradicionais, denominados como os Big Four, concentram 80% do mercado de crédito e depósitos.
Eles são representados por Itaú, o qual tem o valor de mercado de R$ 278 bilhões, o Bradesco que é avaliado em R$ 216 bi, em seguida Santander com R$ 157 bi, e o Banco do Brasil, que é avaliado em R$ 100 bi.
Ao analisar o ano de fundação dos bancos no Brasil, é interessante ver como fintechs como Nubank, C6 Bank, Inter, Neon e Original tem crescido ao longo dos anos de forma totalmente acelerada comparando com as Big Four, que tem em média de mais 100 anos desde a sua fundação.
Evolução de share de bancos
A fintech brasileira, Nubank, chegou a uma base com 26 milhões de clientes, um aumento de 6,3 milhões no primeiro semestre de 2020. O seu crescimento ainda é mais relevante, quando é comparado com a evolução dos maiores bancos emissores de cartão como Banco do Brasil, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander.
De acordo com análise realizada por usuários da empresa Méliuz, foram consolidados os shares de resgate à partir das movimentações de cashback para contas bancárias. Veja mais informações no gráfico a seguir:
Desde 2017 até 2019, é possível observar o crescimento rápido e consistente do Nubank, que conquista o maior share de contas bancárias em uso pelos usuários da startup brasileira de cupons, Méliuz. Outro destaque também é o Banco Inter, que ganhou 4% de share no mesmo período que o Nubank conquistou 19%, mas continua crescendo mensalmente.
As fintechs dominam o número de cadastro de chaves do PIX
O Banco Central informou em outubro de 2020, 24h após o lançamento da campanha do PIX, o novo sistema de pagamentos e transferências desenvolvido pela instituição, que chegou a 33,7 milhões de cadastros de chaves de identificação para uso do sistema.
Chama a atenção a força das fintechs ao liderarem o ranking com o maior número de cadastros realizados em tão pouco tempo, deixando para trás bancos mais tradicionais como Bradesco, Caixa, Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Santander, os quais obtiveram 34,8% das chaves no PIX, demonstrado no gráfico a seguir:
Pode-se notar que a liderança do Nubank no ranking, mesmo tendo apenas 5,1% de market share dos cartões de crédito no Brasil. Apesar de pesados esforços feitos por instituições mais tradicionais. O somatório de abordagem proativa e público com hábitos digitais são possíveis explicações. Confira a seguir o depoimento de Cristina Junqueira, Co-fundadora no Nubank, sobre esse movimento: