Uma das marcas mais famosas, inovadoras e polêmicas do mundo continua em sua corrida extremamente cara e sem destino final definido. Em 6 de fevereiro de 2020, a Uber divulgou um relatório mostrando o faturamento do último quarter do ano (Outubro, Novembro e Dezembro), apresentando um prejuízo estimado em US$1,1 bilhões, semelhante ao período anterior, onde anunciou um saldo negativo de US$1,2 bilhões.
Apesar dos números nada otimistas, os valores não se comparam ao registro de assustadores US$5,2 bilhões negativos nos meses de Abril, Maio e Junho de 2019, surpreendendo o mundo dos negócios e levantando inúmeras dúvidas sobre a lucratividade e a reputação da empresa.
Uber says it lost $5.2 billion in the three months ending in June, its largest quarterly loss ever, fueled mostly by $3.9 billion in stock-based compensation expenses related to its public offering during the quarter https://t.co/rUgzUcEEBt
— CNN (@CNN) August 9, 2019
Otimismo para o Final de 2020 e o fim do prejuízo constante da Uber
Mesmo com valores preocupantes em seu relatório, a Uber acredita que até o final de 2020 será capaz de garantir lucro para seus investidores, que sustentaram a empresa por vários meses de processos judiciais e polêmicas envolvendo vínculos contratuais. No Brasil, o Tribunal Superior do Trabalho negou vínculo empregatício entre Uber e motorista.
Esses mesmos investidores tem pressionado o CEO Dara Khosrowshahi, aguardando uma projeção otimista sobre a lucratividade da empresa, fazendo com que Dara desafiasse suas equipes, para que, ao invés de garantir lucro em 2021, o prazo fosse adiantado para os últimos 3 meses de 2020.
De acordo com a empresa, dos US$1,1 bilhões negativos do Q4, aproximadamente US$243 milhões foram referentes a remunerações baseadas em ações, visto que a empresa abriu capital em Abril de 2019, registrando IPO com papéis em valores abaixo do esperado. Assim como a Lyft, suas ações tiveram queda antes mesmo de ingressar na Bolsa de Valores e a situação piorou nos meses seguintes, resultando em um prejuízo preocupante.
Por outro lado, a Uber apresentou uma receita de US$4.1 bilhões nos últimos 3 meses de 2019 e afirmou que o valor registrado de pagamentos de usuários (sem subtrair taxas, descontos ou pagamento de motoristas) foi de US$18.1 bilhões, apresentando um crescimento de 28% referente ao ano de 2018.
Scott Galloway afirmou que Uber é supervalorizada
De acordo com o estudioso, várias empresas avaliadas em milhões ou até bilhões em 2019, terão momentos difíceis nos próximos anos, resultando em sua possível extinção:
Overvalued unicorns:
— Snap
— Peloton
— Slack
— DoorDash
— Lime
— Palantir
— Uber
— CompassWill lose 80% or disappear:
— Tesla
— WeWork
— Robinhood
— Lyft
— OYO#nomercynomalice https://t.co/Uw2GgOIevf— Scott Galloway (@profgalloway) October 4, 2019
No AAA Inovação, Arthur Igreja trouxe seu ponto de vista sobre a afirmação de Scott Galloway, professor norte-americano que afirmou que Uber e vários outras empresas haviam sido supervalorizados, além de fazer uma previsão de quais empreendimentos irão diminuir 80% ou desaparecer nos próximos anos:
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No começo de Fevereiro de 2020, a Uber anunciou prejuízo em 2019 avaliado em US$8,5 bilhões, apresentando uma melhoria em seus saldos negativos e se mostrando otimista para a futura lucratividade da empresa.