Aprenda nesse artigo de Clarissa Dias, colunista da AAA Inovação e Sócia da BetaHauss, como ter uma carreira protagonista para estar à frente e protagonizar os principais movimentos de construção de futuro da sua empresa.
Quando falamos de carreira protagonista falamos de profissionais protagonistas no seu caminho profissional, dispostos a recuperar as rédeas da sua carreira, não esperando ser demandado ou que alguém lhes peça algo, mas sendo o criador da sua própria demanda, estando sempre à frente do seu próprio setor, conectado aos assuntos da sua área, comprometido à missão do papel que desempenha na organização.
E estar ciente desta missão requer o que chamamos de autorresponsabilidade. Não transferir a responsabilidade para o superior hierárquico, o RH ou a corporação. É sobre saber que é o próprio indivíduo o responsável por criar e manter um bom contexto de trabalho, a construção de um bom time, a inovação ou as transformações que deseja ver no seu setor.
A terceirização de responsabilidades nunca levou o ser humano a lugar nenhum e os líderes que já entenderam isso estão saindo à frente e assumindo novas posições e desafios dentro dos negócios. A autorresponsabilidade requer maturidade.
Através destes perfis comportamentais dos profissionais nós chegamos a uma camada imprescindível dos negócios hoje em dia que entendemos como líderes empreendedores. Profissionais com capacidade de se autorresponsabilizar, de atuar de forma mais independente e estratégica – as chamadas “moscas-brancas” – capazes de empreender novas soluções, produtos ou serviços, trazer novas receitas, resultados e inspirar pessoas a seguirem com ele neste caminho, são os que precisamos identificar, desenvolver e dar espaço para poderem atuar.
Em média, a cada 16 pessoas mapeadas em uma empresa, apenas 1 apresenta um perfil comportamental empreendedor. Os demais precisamos desenvolver através de um programa de lideranças orientado ao intraempreendedorismo ou então alocar em posições onde a expectativa de entrega seja mais direcionada às capacidades de gestão, ao seu setor ou área de atuação do que ao mercado em si. Ambos os públicos são passíveis de desenvolvimento e aperfeiçoamento. O ponto é que num mundo dinâmico, acelerado e competitivo, as pessoas com menos capacidade de se reinventar e de assumir a responsabilidade sobre o rumo da sua carreira e o futuro do negócio acabam estagnando suas carreiras em determinado nível, não avançando para o próximo.
E esta maturidade profissional e a capacidade de tornarem-se protagonistas da própria história, também passa por autoconhecimento. Pois a capacidade do ser humano em tomar decisões com mais consciência, gerir suas ações e entender de fato as renúncias evidentes deste processo é o que vai diferenciar a sabedoria com a qual enfrentaremos os obstáculos no caminho de qualquer empreendedor. E este caminho requer também uma boa gestão da sua própria marca pessoal.
Empresas tem investido em Coaching Executivo, imersões de Teambuilding para equipes de lideranças ou até mesmo palestras e Workshops com a intenção de aprofundar temas de comportamento humano e amadurecer esta autopercepção, tornando as decisões mais assertivas e a relação entre as pessoas mais sadia, funcional e alinhada aos objetivos estratégicos do negócio. Isso tudo faz com que a empresa possa avançar em um ritmo importante para manter-se competitiva enquanto as pessoas envolvidas também se abastecem das suas necessidades de novos desafios, realização, crescimento e aprendizado.
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